Violência e fragilidade em idosos atendidos numa unidade de pronto atendimento

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2017
Autor(a) principal: Santos, Renata Clemente dos
Orientador(a): Menezes, Rejane Maria Paiva de
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM ENFERMAGEM
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: https://repositorio.ufrn.br/jspui/handle/123456789/24744
Resumo: A violência contra a pessoa idosa é considerada um fenômeno multifacetado e constantemente silenciado. Entende-se que idosos em vulnerabilidade e frágeis apresentam maior predisposição a se tornarem vítimas de violência, entretanto ainda são poucas as pesquisas que buscam evidenciar a existência dessa correlação. O objetivo desse estudo, é avaliar a correlação entre o risco de violência e a fragilidade em idosos atendidos em uma Unidade de Pronto Atendimento. Trata-se de um estudo transversal, descritivo e exploratório, com abordagem quantitativa. Foi desenvolvido no município de Campina Grande, em uma Unidade de Pronto Atendimento, após aprovação do Comitê de Ética e Pesquisa da Universidade Federal do Rio Grande do Norte, sob CAAE de Nº. 69857317.2.0000.5537. A população foi composta por todos os idosos atendidos na Unidade, nos meses de agosto e setembro de 2017. A amostra de 146 idosos, foi calculada conforme o cálculo de população finita com erro amostral de 0,08. Foram incluídas pessoas com idade igual ou superior a 60 anos, que estavam em atendimento e com condições físicas e emocionais para responder aos instrumentos. Foram utilizados: o instrumento de caracterização da amostra e as Escalas de Edmonton e de rastreamento da violência contra pessoa idosa. A coleta de dados ocorreu após a anuência da instituição, e seguiu as normas previstas na resolução nº. 466/12 do Conselho Nacional de Saúde e mediante a assinatura do Termo de Consentimento Livre e Esclarecido. Os dados foram analisados através do SPSS, versão 20.0 por meio de testes não paramétricos. Os resultados indicaram a predominância de idosos casados e viúvos, com baixa escolaridade, sendo (56,16%) do sexo masculino, idade até 73 anos (53,42%), residentes no município de Campina Grande (78,08%) e (64,38%) atendidos na Unidade de pronto atendimento classificados na área verde de risco, sendo a queixa de caráter agudo a sua maioria, com (82,19%). A maioria dos idosos foi classificado como frágeis (47,95%) e em risco aumentado para violência (69,86%). Através do teste qui-quadrado (X2) e exato de fisher, e o nível de significância para p-valor < 0,05, observou-se nesse estudo, haver relação estatística entre o nível de fragilidade e a idade, e a área de classificação de atendimento, enquanto que o risco de violência apresentou significância estatística para a faixa etária. Após a aplicação do teste de correlação de Spearman, com nível de significância de 5%, a pesquisa demonstrou evidência de correlação estatisticamente significante, entre o aumento do grau de fragilidade e o risco para violência na pessoa idosa. Confirma-se a hipótese do estudo na qual, conclui-se que, a síndrome da fragilidade aumenta a vulnerabilidade do idoso estar em risco de violência. Além disso, demonstra a importância da utilização na prática dos profissionais de saúde, de instrumentos que avaliam esses agravos, com o intuito de detecção precoce, e visando diminuir o seu impacto na família, nos serviços de atendimento e na própria pessoa idosa.