Remoção de microplástico de efluente sintético através de adsorventes tratados com microemulsão

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2023
Autor(a) principal: Oliveira, Andrey Costa de
Orientador(a): Dantas, Tereza Neuma de Castro
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal do Rio Grande do Norte
Programa de Pós-Graduação: PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM QUÍMICA
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: https://repositorio.ufrn.br/handle/123456789/56559
Resumo: O acúmulo de plásticos no meio ambiente vem se tornando cada vez mais uma preocupação global. Pauta no relatório da ONU de outubro de 2021 e de outros órgãos importantes, é perceptível a necessidade de se discutir sobre o tema e buscar soluções. Dentre os impactos desses materiais, os microplásticos (partículas com dimensões inferiores a 5 mm) vem ganhando destaque devido a presença, muitas vezes imperceptível, no ambiente. Nos oceanos, são confundidos com alimentos pela fauna e muitas vezes não são devidamente removidos nas estações de tratamento de água e esgoto (ETAE). Desse modo, esse trabalho buscou estudar formas de remover esse contaminante de efluentes. A forma estudada foi através do uso de adsorventes tratados com tensoativos utilizando a decantação para separá-los, uma vez que, devido à estrutura do tensoativo e dos adsorventes, estes poderiam ter alguma interação com os microplásticos, tornando possível sua extração. O efluente utilizado nos testes foi obtido através da contaminação de água destilada por microplásticos adquiridos sinteticamente. Contudo, foram comparados através do espectro do FTIR com microplásticos reais, retirados da ETE da UFRN. Dentre os tensoativos testados, foi escolhido o Tween 80, pois, além da baixa toxicidade, ele apresentou eficiente interação com o plástico, que foram comprovadas via análise por FTIR. Quanto aos adsorventes, foram selecionados: bentonita, diatomita, bagaço de coco, de cana e da casca da banana; todos eles passaram pelo tratamento com microemulsão para posterior aplicação no tratamento do efluente. A quantificação de microplástico foi feita através do espectro do FTIR da área de pico para diferentes massas de microplástico que variava com a absorbância. Para os testes de adsorção, foi necessário aplicar o método NOAA para separar os microplásticos dos adsorventes após a remoção. Como resultado, tem-se que o bagaço da casca de banana apresentou a maior eficiência dentre os adsorventes não tratados: 70%. Já entre os adsorventes tratados, o bagaço de cana apresentou quase 80% de microplástico removido. Logo, observa-se que a adsorção pode ser um método viável e eficiente para a remoção de microplásticos de efluentes contaminados.