Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2020 |
Autor(a) principal: |
Paiva, André Luiz dos Santos |
Orientador(a): |
Sousa Filho, Alípio de |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal do Rio Grande do Norte
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Programa de Pós-Graduação: |
PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM FILOSOFIA
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Brasil
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://repositorio.ufrn.br/handle/123456789/30418
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Resumo: |
A teoria de gênero desenvolvida por Judith Butler consolidou-se como um marco nos estudos feministas, de gênero e sexualidades. Em suas construções teóricas, a filósofa dialoga com o pensamento de diversos autores, tais como Hegel, Austin, Derrida, Nietzsche, Kristeva e Foucault, sendo sobre as relações da teoria de gênero em Butler com a teorização acerca do poder e das resistências neste último que se deteve predominantemente a presente tese. Inicialmente, realiza-se um apanhado geral das principais repercussões de diversos autores na obra da filósofa, evidenciando as influências que a teoria da performatividade em Austin e posteriores releituras derridianas exercem no construto teórico de Judith Butler acerca dos gêneros, corpos e sexualidades, assim como as discussões em torno do reconhecimento em Hegel; a desontologização em Nietzsche e a abjeção em Kristeva. Posteriormente, detém-se sobre os diálogos que Butler realiza com as discussões em torno do poder e das resistências em Foucault, num sentido de realização de uma genealogia do gênero enquanto categoria analítica de uma determinada distribuição dos poderes no campo social e político. Nesse sentido, é possível depreender que a concepção foucaultiana de poder permeia as discussões realizadas por Butler no campo dos gêneros, de forma que a filósofa vislumbra o caráter normativo da categoria gênero, bem como encontra nela também as possibilidades de subversão operadas a partir das lutas e resistências exercitadas pelos sujeitos que, a partir da diferença na esfera de sexo-gênero, permitem o questionamento e a modificação dos lugares simbólicos que sustentam as relações de dominação nesse campo. Por fim, explicita-se como, para chegar a essas constatações, o que Butler operou foi uma genealogia do gênero, a partir da concepção foucautiana, acrescida de diálogos com o pensamento psicanalítico, de maneira a constituir uma teoria crítica com elevado potencial de transformação epistemológica e política. |