Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2020 |
Autor(a) principal: |
Rocha, Adenilton da Silva |
Orientador(a): |
Campos, Sulemi Fabiano |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal do Rio Grande do Norte
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Programa de Pós-Graduação: |
PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM ESTUDOS DA LINGUAGEM
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Brasil
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://repositorio.ufrn.br/handle/123456789/30812
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Resumo: |
Nesta pesquisa, objetivou-se analisar as imagens da escola, da disciplina Língua Portuguesa, do professor e do aluno que são construídas, discursivamente, em planos de curso da disciplina Língua Portuguesa, dos anos finais do Ensino Fundamental. Para tanto, buscou-se: (a) verificar os elementos linguístico-textuais, os sujeitos a quem são dirigidos os objetivos educacionais e as práticas de linguagem que são recorrentes na estrutura composicional dos planos de curso; (b) examinar se os aspectos locais, onde as escolas estão situadas, são tomados como referência para a elaboração do planejamento pedagógico; (c) observar as posições discursivas atribuídas aos objetos de ensino, à escola, ao professor e ao aluno; e (d) averiguar os discursos que atravessam os planos de curso. O corpus foi composto por três planos de curso, que foram selecionados em três escolas municipais do Território de Identidade Extremo Sul da Bahia, em 2018. Esse material foi analisado a partir do dispositivo teórico-metodológico “formações imaginárias” – circunscrito na Análise do Discurso (PÊCHEUX, 2014). Valeu-se, ainda, dos estudos de Geraldi (2005), Pietri (2003), Soares (2002) referentes ao ensino de Língua Portuguesa e de Apple (1982), Libâneo (1992), Paro (2000) condizentes à escola, ao currículo escolar e ao planejamento pedagógico. Como metodologia, adotou-se o método “paradigma indiciário” – proposto por Ginzburg (1989). Os resultados das análises indicaram a proeminência das seguintes imagens nos planos de curso: 1) a escola é o lugar de excelência para a transformação social do aluno, de conservar a variedade padrão e do controle da prática docente e do desempenho do aluno; 2) a disciplina Língua Portuguesa é o lugar de aprender a ler e a escrever a partir do ensino gramatical, de ensinar e valorizar a variedade padrão e de avaliar o comportamento do aluno; 3) o professor é o “guardião” da variedade padrão, é o responsável pelo desempenho do aluno e o fiscal da conduta do aluno; 4) o aluno é indisciplinado, não tem domínio da leitura e da escrita, deve obedecer o comando do professor e dominar a variedade padrão para ascender socialmente. Esse conjunto de imagens sinalizou os resquícios do currículo tradicional e apontou a busca de equilíbrio, por parte da escola, entre o ensino baseado na gramática normativa e o ensino fundamentado nas práticas de linguagem, ou seja, demonstrou que, no planejamento pedagógico da disciplina Língua Portuguesa, pousam juntos a tradição e o moderno. |