Amélia Duarte Machado, a Viúva Machado: a esposa, a viúva e a lenda na Cidade do Natal (1900-1930)

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2013
Autor(a) principal: Medeiros, Ariane Liliam da Silva Rodrigues
Orientador(a): Rocha, Raimundo Nonato Araújo da
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal do Rio Grande do Norte
Programa de Pós-Graduação: PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM HISTÓRIA
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: https://repositorio.ufrn.br/jspui/handle/123456789/19553
Resumo: A pesquisa em questão analisa as representações elaboradas sobre Amélia Duarte Machado, imagens que foram construídas em um determinado espaço: a Cidade do Natal. Amélia, uma mossoroense de vida simples, passou a ter uma vida luxuosa ao casar com o rico comerciante português Manoel Machado, em 1904. Ela levou uma vida de dama da sociedade, residia em uma residência suntuosa, viajou para a Europa, frequentava o Teatro da cidade e cuidava da imagem social de seu esposo, abrindo as portas da sua casa para a promoção de jantares e recepções. Vivenciou as transformações ocorridas em Natal nas primeiras três décadas do século XX, quando por iniciativa de uma elite política e intelectual a cidade passou a incorporar valores burgueses e a dotar de uma estrutura técnica voltada para os melhoramentos trazidos pela Revolução Industrial. Em 1934, com a morte do marido, assumiu os negócios da família. Além de viúva, tornou-se também uma mulher empreendedora. A viúva Amélia Machado também passou a ser alvo de suspeitas da população, boatos sobre sua vida. A partir daí emerge uma figura amedrontadora em Natal, um ser que capturava e comia o fígado de crianças, o papa-figo da Cidade do Natal, a Viúva Machado. Na presente pesquisa, iremos relacionar diferentes imagens que circularam sobre essa mulher, que foi dama da sociedade, viúva arrojada e papa-figo, articulando essas representações com o discurso sobre o feminino que circulava na Natal das décadas 1900 a 1930. Ainda levantaremos hipóteses sobre a criação da Lenda da Viúva Machado