Processos de alcoolização e atenção psicossocial em uma comunidade indígena potiguar

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2022
Autor(a) principal: Barreto, Ivan Farias
Orientador(a): Dimenstein, Magda Diniz Bezerra
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal do Rio Grande do Norte
Programa de Pós-Graduação: PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM PSICOLOGIA
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://repositorio.ufrn.br/handle/123456789/46996
Resumo: O uso de bebidas alcoólicas por povos indígenas brasileiros relaciona-se com uma série de fatores históricos, psicossociais e de saúde que demandam providências urgentes na minimização dos agravos relacionados. No estado do Rio Grande do Norte (RN) não foram encontrados estudos sobre essa temática, indicando a existência de uma lacuna na qual esse trabalho contribui para melhor entendimento da questão. O principal objetivo da tese é analisar os processos de alcoolização e a organização dos serviços de atenção à saúde em uma comunidade indígena do RN. Para tanto, foram realizadas três revisões teóricas que analisaram: 1) a construção das políticas públicas de saúde e a organização dos serviços de atenção psicossocial para povos indígenas brasileiros; 2) os processos de alcoolização entre povos indígenas na América Latina; 3) o uso prejudicial de bebidas alcoólicas por povos indígenas no Brasil. Além desses, foi empreendida uma pesquisa de campo a partir de entrevistas semiestruturadas com indígenas e profissionais de saúde que atuam na comunidade. Os resultados da pesquisa de campo foram apresentados em dois capítulos que indicam que a ingestão de álcool tem sido percebida como um fenômeno naturalizado e está associada a diversos problemas sociais e de saúde. Além disso, a escassez de recursos humanos e a insuficiente infraestrutura da rede de atenção têm prejudicado a organização das ações de atenção psicossocial na comunidade, potencializando os riscos de agravamento da saúde mental de indígenas mais vulneráveis.