Vivências de mães no desmame precoce

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2019
Autor(a) principal: Alves, Tássia Regine de Morais
Orientador(a): Carvalho, Jovanka Bittencourt Leite de
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM ENFERMAGEM
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: https://repositorio.ufrn.br/jspui/handle/123456789/27002
Resumo: Introdução: O desmame precoce é um problema de saúde pública. Diversos fatores podem estar associados ligados à cultura, estilo de vida, influência da sociedade, dentre outros. Objetivo: compreender a vivência de mães no desmame precoce. Método: pesquisa qualitativa, ancorada na vertente straussiana da Teoria Fundamentada nos Dados (GroundedTheory). O cenário da pesquisa foi uma Unidade de Saúde que atua como Estratégia Saúde da Família no município de Caicó (Rio Grande do Norte). Compuseram este estudo 19 participantes, distribuídos em três grupos amostrais: o primeiro constituído por 13 mães, o segundo por três profissionais de saúde e o terceiro por três familiares. A coleta de dados ocorreu entre os meses de abril e setembro de 2018 por meio de entrevista em profundidade, com auxílio de memorandos e diagramas. Realizou-se a análise dos dados concomitante a coleta, em três etapas: codificação aberta, axial e integração. Utilizou-se o software NVivo® 11 para organização dos dados durante o processo analítico. Resultados: do processo analítico, emergiu o fenômeno intitulado “Sentindo-se culpada e triste”, sustentado por três categorias que promovem um movimento indutor para o fenômeno central, conforme os componentes do modelo paradigmático: condições – “Considerando o mito do leite fraco; Sentindo falta de maior tempo da licença-maternidade e Destacando a interferência do estresse e preocupação para o insucesso do aleitamento materno exclusivo”; ações/interações – “Buscando equilibrar a maternidade com o papel profissional feminino e Vivenciando a influência da rede de apoio social”; consequências – “Introduzindo leite artificial e alimentação complementar antes do sexto mês e Experenciando sentimentos de culpa e tristeza diante do desmame precoce”. Considerações finais: as mães vivenciaram sentimentos negativos de culpa, tristeza e preocupação diante da impossibilidade de cumprir as recomendações do aleitamento materno exclusivo exclusiva e pela introdução de uma alimentação complementar na dieta do filho antes de seis meses de vida. Igualmente, o retorno ao trabalho antes do sexto mês de vida da criança, constituiu uma experiência desafiadora para as participantes do estudo, uma vez que precisaram equilibrar os papeis de mulher/nutriz e profissional. Soma-se a isso, o apoio ineficaz diante das dificuldades durante a lactação, a praticidade e a comodidade que a fórmula é vista na sociedade contemporânea e a licença maternidade menor que seis meses.