Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2020 |
Autor(a) principal: |
Marques, Graciela Saldanha |
Orientador(a): |
Duque, Paulo Henrique |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal do Rio Grande do Norte
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Programa de Pós-Graduação: |
PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM ESTUDOS DA LINGUAGEM
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Brasil
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://repositorio.ufrn.br/handle/123456789/41548
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Resumo: |
Halikato-ú é uma comunidade Yanomami, localizada ao norte do estado de Roraima, de aproximadamente duzentos índios que vivem, em sua maioria, da caça, da coleta, e da plantação de mandioca. Durante o meu tempo de permanência na comunidade, percebi que possuíam uma concepção diferente sobre as doenças que os acometiam, concepção essa evidenciada em constantes desencontros e embates com agentes de saúde e integrantes de organizações não-governamentais. Enquanto os agentes de saúde tentavam prestar socorro médico, a comunidade se negava, ou aceitava somente depois dos ritos xamânicos. Diante disso, o objetivo deste trabalho é caracterizar a concepção geral de DOENÇA da comunidade Yanomami de Halikato-ú, por meio da análise de depoimentos adquiridos durante dois meses em que morei lá. Para tanto, uso o modelo de análise de dados baseado em frames (DUQUE, 2015a), o que possibilita observar o acionamento desses aparatos cognitivos a partir de suas várias dimensões e, com isso, identificar a forma como os conceitos se organizam na construção dos sentidos que regem a concepção de DOENÇA da comunidade. O arcabouço teórico deste trabalho está alicerçado nos pressupostos defendidos pela abordagem Ecológica de Cognição e Linguagem (DUQUE, 2015a; 2016; 2017; 2018). Em relação aos aspectos metodológicos, esta pesquisa é de natureza qualitativa, uma vez que se propõe a analisar e descrever elementos que compõem uma determinada concepção (GERHARDT; SILVEIRA, 2009) e, também, de cunho interpretativista (SÁ, 2001) com desdobramentos etnográficos (WEBER, 2009; MEINERZ, 2007), tendo em vista que considera a minha subjetividade, enquanto pesquisadora, como um recurso a mais na investigação cultural. As informações adquiridas na análise apresentam evidências que parecem sugerir que a comunidade de Halikato-ú concebe a DOENÇA pela perspectiva da morte, como se adoecer fosse um estado de morte, sendo o xamã o único capaz de vivificar o doente. |