Caracterização da propriedade imunoestimulatória de Virus-like particles de Triatoma virus e antígenos recombinantes quiméricos de Trypanosoma cruzi

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2020
Autor(a) principal: Queiroz, Aline Maria Vasconcelos
Orientador(a): Silva, Marcelo de Sousa da
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso embargado
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal do Rio Grande do Norte
Programa de Pós-Graduação: PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM CIÊNCIAS FARMACÊUTICAS
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://repositorio.ufrn.br/handle/123456789/31372
Resumo: A infecção causada pelo protozoário Trypanosoma cruzi acomete os seres humanos ocasionando a doença de Chagas. Atualmente, as principais medidas disponíveis para esta doença são o tratamento medicamentoso e o controle vetorial. O desenvolvimento de vacinas acontece, principalmente, pelo o uso de antígenos do agente etiológico. As partículas semelhantes a vírus (do inglês virus-like particles ou VLPs) são estruturas análogas a cápsides virais compostas essencialmente por proteínas estruturais, não possuem material genético viral e são amplamente utilizadas em protocolos de vacinação por causa de suas propriedades imunoestimulatórias. Nesse contexto, o objetivo do atual trabalho foi utilizar estratégias em um modelo murino de imunização para caracterizar a capacidade imunoestimulatória de partículas semelhantes a vírus de Triatoma virus (VLPs-TrV), na presença e ausência do adjuvante hidróxido de alumínio. E paralelamente, observar o comportamento imunogênico de quatro proteínas recombinantes quiméricas de T. cruzi em forma de mix (mix-IBMP) associadas ou não as VLPs-TrV. Para isso, camundongos BALB/c (Mus musculus) foram imunizados uma ou duas vezes, a depender da estratégia, com amostras de soro colhidas 15, 30 e 45 dias após a imunização. O perfil de anticorpos específicos IgG total, IgG1, IgG2a, IgG2b e IgG3 foram determinados por teste imunoenzimático. Os dados obtidos demonstram a capacidade das VLPs-TrV sem a presença de alumínio de induzir preferencialmente os anticorpos do tipo IgG2b e IgG3, aliás, o uso do alumínio não interferiu no perfil de IgG total. Além disso, mix-IBMP tem melhor perfil de IgG total e subclasses IgG1 e IgG3 quando associado as VLPs-TrV, mesmo com a possível competição antigênica entre as VLPs e mix-IBMP. Em conclusão, os resultados encontrados contribuem para a possível utilização das VLPs-TrV como adjuvante em formulações vacinais em modelo murino, apesar de os mecanismos na indução da resposta imune polarizada para Th1 precisarem ser mais claramente entendidos. Ademais, avaliar a utilização das proteínas em novos protocolos in vivo como candidatos antigênicos torna-se interessante.