Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2017 |
Autor(a) principal: |
Rosso, Inés |
Orientador(a): |
Azevedo, Francisco Fransualdo de |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
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Programa de Pós-Graduação: |
PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM GEOGRAFIA
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Brasil
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Palavras-chave em Português: |
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Área do conhecimento CNPq: |
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Link de acesso: |
https://repositorio.ufrn.br/jspui/handle/123456789/23102
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Resumo: |
O objeto desta pesquisa é a invisibilidade dos povos indígenas na Província de Buenos Aires, evidenciada pela ausência de informações oficiais que deem conta da existência desses povos e da sua situação geográfica atual, impedindo, desse modo, que eles reivindiquem seus direitos reconhecidos a partir da mudança de paradigma que significou a reforma da Constituição Argentina de 1994. Destarte, o objetivo do trabalho é compreender as razões dessa invisibilidade, refletindo sobre o uso do território provincial e o papel do poder público na constituição deste fenômeno, utilizando-se do arcabouço teórico e analítico da cartografia social e das metodologias participativas, entendidas como instrumentos de pesquisa destinados à propor intervenções que irão abrir o caminho para o diálogo entre saberes e sujeitos diferentes. Neste sentido, o mapeamento coletivo é entendido como uma ferramenta de empoderamento da população, mais do que um produto cartográfico, constitui-se em um processo de criação de conhecimento coletivo, com igual ou maior validade que o próprio resultado. A teoria do espaço desenvolvida por Milton Santos serviu de base para a fundamentação da presente pesquisa. Através dela, procurou-se estudar o espaço geográfico como uma instância social, que se define em processos de permanente relação de materialidades e fluxos, mediados por normas e técnicas. Os resultados obtidos revelam que a responsabilidade do Estado na construção da invisibilidade indígena é fortemente ligada ao processo de criação deste e manteve-se por meio de diversos dispositivos, tal como fica evidente nas 83 comunidades indígenas identificadas na província ao longo da pesquisa, pois, somente 46 são reconhecidas pelas instituições do poder público. No entanto, nas formasconteúdo de existência, encontram-se também explicações de invisibilidade indígena. Discussões acerca delas e sua vinculação com o exercício da cidadania enquanto populações indígenas no contexto urbano constituem fundamentos argumentativos relevantes, que, no final da pesquisa, ajudam a refletir sobre a disputa cultural na luta pelo reconhecimento, em que a paridade identidade-diferença adquire um importante papel na análise das práticas espaciais indígenas. |