Obtenção de revestimento cerâmico a partir da mistura de argila plástica com resíduos do caulim, da esmeralda, chamote de telha e cinza vegetal

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2012
Autor(a) principal: Oliveira, Celso Luis Evangelista de
Orientador(a): Nascimento, Rubens Maribondo do
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal do Rio Grande do Norte
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-graduação em Engenharia Mecânica
Departamento: Centro de Tecnologia
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://repositorio.ufrn.br/handle/123456789/48289
Resumo: A exploração mineral e a atividade cerâmica causam alterações nas características naturais do meio ambiente. A extração mineral gera montanhas de resíduos, que são descartados nas proximidades das jazidas. A produção de cerâmica vermelha é desenvolvida sem nenhuma preocupação com a saúde do trabalhador e com o meio ambiente, gerando o descarte de produtos mal queimados e/ou fora de especificação. Além disso, a lenha é usada como combustível, contribuindo para a desertificação do semiárido e da caatinga. A cinza gerada é lançada nas proximidades das olarias, causando contaminação do solo, água, ar e problemas respiratórios à população circunvizinha. Com o objetivo de minimizar os efeitos nocivos ao meio ambiente, agregar valor comercial e tecnológico a materiais descartados pelas indústrias da mineração do caulim, da esmeralda e pelas olarias, desenvolveu-se produtos para revestimento cerâmico a partir formulações constituídas pelos resíduos do beneficiamento do caulim e da esmeralda, chamote de telha, cinza vegetal e argila ilítica. As matérias-primas foram caracterizadas por fluorescência de raios X, difração de raios X, análises térmicas (termomecânica, termogravimétrica, termoderivativa e termodiferencial), análise granulométrica e plasticidade. As formulações foram desenvolvidas levando-se em consideração as recomendações da literatura, sendo confeccionados 192 corpos de prova com umidade de 8%, massa de 13 g, empregando prensagem uniaxial a 45 MPa. Os corpos de prova foram secos em estufa elétrica a 110 °C por 24 h, sinterizados nas temperaturas de 1000, 1025, 1050, 1100, 1125 e 1150 °C com taxa de aquecimento de 5 °C/min e submetidos a ensaios tecnológicos, sendo analisada sua microestrutura por MEV. Segundo a norma NBR 13817:1997, verificou-se que todas as formulações estudadas produziram produtos destinados a revestimento cerâmico, sendo classificados como porcelanato, grês, semi-grês, semi-poroso e poroso, com absorção de água variando de [(0,00 ± 0,06) a (27,97 ± 1,47)]% e tensão de ruptura à flexão de [(6,90 ± 0,66) a (51,76 ± 4,62)] MPa , dependendo da formulação e temperatura de queima.