Obtenção de sal de metformina e ácido ferúlico com aumento de solubilidade aquosa e sua aplicação no desenvolvimento de comprimidos

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2023
Autor(a) principal: Chaves Júnior, José Venâncio
Orientador(a): Aragão, Cícero Flávio Soares
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso embargado
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal do Rio Grande do Norte
Programa de Pós-Graduação: PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM DESENVOLVIMENTO E INOVAÇÃO TECNOLÓGICA EM MEDICAMENTOS
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Sal
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: https://repositorio.ufrn.br/handle/123456789/52460
Resumo: Tecnologias de modificação no estado sólido podem ser representadas pelos sais e cocristais, os quais são sistemas multicomponentes que permitem o aprimoramento das propriedades físico-químicas das moléculas, como a estabilidade e a solubilidade aquosa. O ácido ferúlico (AFE) é uma molécula com alto potencial antioxidante e hipoglicemiante, porém com limitada solubilidade aquosa o que pode implicar em uma baixa biodisponibilidade. Já a metformina (MT) é um hipoglicemiante consolidado no tratamento da diabetes mellitus tipo 2 (DM), a qual mostra na literatura efeito sinérgico com o AFE. Ainda, efeitos indesejáveis dose-dependentes da MT diminuem a adesão ao tratamento da DM pelos pacientes. O objetivo desse estudo é desenvolver e caracterizar sistemas multicomponentes com o AFE e a MT com incremento de solubilidade aquosa, bem como incorporá-los em forma farmacêutica sólida. Para isso foi utilizado um processo de obtenção de recristalização, o qual demonstrou alta reprodutibilidade e rendimento (91,3 ± 0,8%). Após uma série de experimentos, foi possível desenvolver um sistema multicomponente entre o AFE e a MT na proporção molar 1:1, caracterizado como um sal, SFM (ferulato de metformina), pelas técnicas de difração de raios-x, técnicas térmicas, espectroscopia no infravermelho e microscopia. O AFE em SFM apresentou um incremento de no mínimo 740 vezes em sua solubilidade aquosa (643 ± 18 mg/mL). Após estudos de pré-formulação, foram desenvolvidos comprimidos com o SFM, os quais cumpriram os requisitos de controle de qualidade para essa forma farmacêutica. A partir de ensaios de dissolução in vitro com os comprimidos com SFM, foi calculada uma superior eficiência de dissolução, em relação a uma formulação controle, de 95,4 ± 0,5% e 42,1 ± 0,5%, respectivamente. O teor dos ativos foi determinado por método de cromatografia líquida de alta eficiência, o qual foi devidamente desenvolvido e validado. Por fim, em estudo de estabilidade a 40 ºC por 3 meses, não foram encontradas alterações nas propriedades biofarmacêuticas, tanto para o SFM matéria-prima quanto para o comprimido. Dessa forma, o produto desenvolvido surge como uma inovação tecnológica a ser aplicado no tratamento da DM, visando um produto em associação que permite uma alta eficácia do AFE e redução de efeitos indesejáveis da MT.