Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2019 |
Autor(a) principal: |
Costa, Maria da Graça Silveira Gomes da |
Orientador(a): |
Dimenstein, Magda Diniz Bezerra |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
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Programa de Pós-Graduação: |
PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM PSICOLOGIA
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Brasil
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Palavras-chave em Português: |
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Área do conhecimento CNPq: |
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Link de acesso: |
https://repositorio.ufrn.br/jspui/handle/123456789/28989
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Resumo: |
Este estudo tem o objetivo de compreender o protagonismo das mulheres no movimento agroecológico através de suas concepções e práticas. Tomamos a epistemologia feminista enquanto base teórico-metodológica, buscando considerar os diversos atravessamentos que caracterizam esses contextos, ao olhar sobre os modos de subjetivação das militantes dentro do movimento da agroecologia, tanto na esfera nacional, quanto na esfera local ao acompanhar o movimento popular de mulheres da Zona Oeste do Rio de Janeiro. Como ferramentas metodológicas, utilizamos a análise de documentos dos movimentos sociais e das políticas de fomento à agroecologia, entrevistas com as mulheres integrantes do movimento e da observação participante de eventos, reuniões e do cotidiano das interlocutoras. Os resultados apontam que: ainda que os movimentos venham construindo narrativas baseadas na importância da construção dos feminismos e da agroecologia enquanto projetos de transformação social que se constituem mutuamente, ainda não há um total reconhecimento do protagonismo e dos saberes aportados pelas mulheres; ao mesmo tempo, políticas e programas internacionais ligados à Organização das Nações Unidas - ONU mobilizam um discurso institucional do empoderamento que se refere ao ideário neoliberal considerando o aumento da produção como caminho para a “igualdade” entre gêneros. Os resultados também mostram que diante do cenário de crise, militarização e precarização do Estado no Rio de Janeiro, as mulheres constroem uma política feminista popular desde às margens, ressignificando lugares subalternizados ao apontarem outras formas de fazer política, produzir conhecimento e ocupar as cidades. Com isso vemos que a agroecologia se compõe em um plano de saber-poder que, se de um lado pode ser capturada por discursos que tentam minar seu potencial insurgente, por outro lado, com as estratégias que vêm sendo construídas especialmente pelas mulheres, constituem-se como um importante vetor de subjetivação política em meio aos movimentos sociais da cidade e do campo. |