Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2018 |
Autor(a) principal: |
Alves, Erika Karla da Silva Vieira |
Orientador(a): |
Madureira, Antoinette de Brito |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal do Rio Grande do Norte
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Programa de Pós-Graduação: |
PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM SERVIÇO SOCIAL
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Brasil
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Palavras-chave em Português: |
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Área do conhecimento CNPq: |
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Link de acesso: |
https://repositorio.ufrn.br/handle/123456789/57186
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Resumo: |
Esta Dissertação de Mestrado em Serviço Social discute a repercussão das relações patriarcais de gênero na vulnerabilização de homens ante a epidemia de HIV/AIDS, identificando fatores ideológicos e comportamentais vinculados à noção do ser homem em nossa sociedade, considerando, assim, a possibilidade de que as relações supramencionadas impulsionem a condição de vulnerabilização apontada, podendo, no limite, influenciar no aumento de casos de HIV/AIDS entre a população masculina. Partindo dessa preocupação geral, o trabalho discute a transversalidade de vulnerabilidades emergentes e persistentes, articulando-as à construção sociocultural das relações patriarcais de gênero. Em adição, relata as experiências e percepções de homens em relação à assistência prestada nos serviços de saúde, e, por fim, sinaliza para entraves existentes na implantação e efetivação da Política Nacional de Saúde do Homem – PNAISH nos serviços de saúde no Brasil e em específico no Rio Grande do Norte. A necessidade do presente estudo foi detectada durante a experiência de oito anos de trabalho como assistente social prestando assistência a pacientes portadores de HIV/AIDS e seus familiares no Hospital Dra. Giselda Trigueiro, referência para o Estado do RN em tratamento de Doenças Infecciosas, dentre elas o HIV/AIDS. A pesquisa se alicerçou em levantamento bibliográfico, em análise documental e em coleta de dados empíricos. A análise documental e a pesquisa empírica de campo foram realizadas na unidade hospitalar supramencionada. A análise documental foi realizada com base nos registros contidos em prontuário médico e social de pacientes portadores de HIV/AIDS e a pesquisa empírica foi realizada entre pacientes do sexo masculino internos para tratamento de saúde nas enfermarias de Infectologia do Hospital, através da realização de entrevista semiestruturada. Os resultados da pesquisa apontam que o modelo hegemônico de masculinidade vigente na sociedade machista/patriarcal/capitalista impacta negativamente na saúde dos homens, os quais são instados a responder com atitudes que os colocam em situação de vulnerabilidade, tendo seu comportamento fortemente influenciado pelas normas culturais das relações patriarcais de gênero. No caso do HIV/AIDS, a postura de afirmação de virilidade masculina impacta diretamente no aumento do número de casos da doença, principalmente entre homens jovens e homens que fazem sexo com homens (HSH). A pesquisa também aponta para o fato de que quando os homens buscam atender a esse modelo, o do “ser forte e corajoso”, isso pode repercutir de maneira negativa em suas vidas, pois pode levar esses indivíduos a não procurar atendimento médico, ou quando o fazem já estão gravemente doentes. No que se refere à percepção dos homens sobre os serviços de saúde, consideramos que os pacientes vivenciam certo processo de não entendimento acerca de como funcionam os serviços de saúde e acerca de seus direitos enquanto pacientes. |