Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2016 |
Autor(a) principal: |
Prado, Sophia de Lucena |
Orientador(a): |
Melo, Juliana Gonçalves |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
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Programa de Pós-Graduação: |
PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM ANTROPOLOGIA SOCIAL
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Brasil
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Palavras-chave em Português: |
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Área do conhecimento CNPq: |
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Link de acesso: |
https://repositorio.ufrn.br/jspui/handle/123456789/22126
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Resumo: |
Este trabalho é fruto de uma pesquisa etnográfica realizada com jovens autores de atos infracionais em uma Unidade de Internação situada no Recanto das Emas – Distrito Federal. A partir de um assalto que dois jovens praticaram na minha casa passei a tentar compreender o que levava jovens como eles a recorrerem ao crime e o que isso representava para eles, o que acabou se convertendo no objetivo desta pesquisa. Observei, então, que a falta de perspectivas a que muitos jovens estão submetidos aliada ao fato de serem tratados como bandidos, independentemente de estarem envolvidos com o crime, em decorrência do processo de sujeição criminal (MISSE,1999), acaba gerando uma revolta e uma demanda por reconhecimento (HONNETH, 2003) tão latentes a ponto de transformar o crime em uma opção que faz sentido para eles. Dessa forma, eles negam um pacto social do qual não participam e a ele reagem, por quererem incluir-se e não conseguirem. Mais do que uma forma de obter lucros patrimoniais, o crime se apresenta como um meio de acessar um universo simbólico que não estaria disponível a eles por outras vias, como a possibilidade de luxar, de ter fama na quebrada, além dos ganhos advindos dessa experiência como a adrenalina e o prazer, ainda que momentâneos, e a vivência de uma situação em que se está no poder, sobretudo depois de uma vida de submissão. Entretanto, ao optarem por um estilo de vida que é rejeitado pela “moral legítima dominante”, eles se veem obrigados a desenvolverem inúmeras estratégias individuais e coletivas para lidarem com ele, como é o caso das performances que passam a executar durante o crime para manter a sua imagem de bandido. |