Influência da carcinicultura em um estuário tropical sob diferentes condições de despesca

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2019
Autor(a) principal: Bull, Erick Garcia
Orientador(a): Scudelari, Ada Cristina
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM ENGENHARIA SANITÁRIA E AMBIENTAL
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: https://repositorio.ufrn.br/jspui/handle/123456789/27215
Resumo: A carcinicultura, criação de camarões em viveiros, é frequentemente associada à degradação ambiental de corpos d’água costeiros por conta das elevadas cargas de matéria orgânica e nutrientes presentes nos efluentes dos viveiros. O ajuste da descarga desses efluentes em relação ao tempo de residência, ao regime de maré, ao tamanho e à capacidade de assimilação do corpo receptor são medidas mitigadoras dos efeitos adversos causados pela atividade. Nesta perspectiva, modelos hidrodinâmicos e de qualidade da água são ferramentas úteis no suporte a decisões estratégicas sobre planejamento e gestão costeira. Entretanto, uma das dificuldades de modelagens que incluam os lançamentos da carcinicultura, é a obtenção de séries temporais de despesca, dado a aleatoriedade dos ciclos de cultivo em cada fazenda. O objetivo deste trabalho é analisar a influência dos efluentes das fazendas de camarão em um estuário tropical, para diferentes cenários de lançamento dos efluentes, e avaliar a aplicabilidade de um modelo estocástico de geração de séries temporais de despesca. As simulações hidrodinâmicas e de qualidade da água foram realizadas usando o Sistema Base de Hidrodinâmica Ambiental (SisBaHiA®) e a área de estudo foi o estuário Potengi/Jundiaí-RN, pioneiro da atividade no Brasil. Vários cenários foram verificados: dois de referência, sem a atividade de carcinicultura; um cenário com despescas simuladas pelo gerador aleatório; e dois cenários com lançamentos concentrados nas marés de sizígia e de quadratura. Os resultados não indicaram diferenças representativas entre os cenários de despesca simulados, mostrando que as diferentes formas de manejo não interferem de forma significativa na qualidade da água do estuário.