"Ombro a ombro com os mais fracos": a inserção de João Café Filho nos espaços do trabalhador na cidade do Natal 1922 - 1937

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2015
Autor(a) principal: Cunha, Paulo Rikardo Pereira Fonseca da
Orientador(a): Rocha, Raimundo Nonato Araújo da
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal do Rio Grande do Norte
Programa de Pós-Graduação: PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM HISTÓRIA
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: https://repositorio.ufrn.br/jspui/handle/123456789/21227
Resumo: O objetivo da dissertação é analisar como em diferentes espaços de sociabilidade João Café Filho constituiu um discurso de defensor dos trabalhadores e do movimento operário. Pretende-se compreender, por um lado, como foram estabelecidas relações políticas entre diferentes categorias de trabalhadores e as “classes médias” e, por outro, como foram instituídos espaços para abrigar o encontro dessas relações. Almeja-se compreender a inserção de Café Filho nas atividades sindicais no mundo urbano. Demonstra-se especificidades da cultura política em Natal, enfatizando-se a disputa entre uma cidade regida politicamente por mentalidade rural paternalista ainda reinante e o surgimento de uma nova forma de vivenciar os conflitos urbanos que se apresentavam. Temporalmente o trabalho está delimitado entre 1921 (ano proclamado pelo próprio Café Filho como o período inicial da sua ação política) a 1937 (ano em que Café Filho rompeu com Vargas e exilou-se na Argentina). Três tipos documentais se constituíram como fontes principais para a investigação: vários jornais publicados, entre as décadas de 1920 e 1930, nas cidades de Natal, Recife, São Paulo, Porto Alegre e Rio de Janeiro; as memórias autobiográficas escritas pelo próprio Café Filho e memórias de outras pessoas que viveram no tempo dele. Os principais esteios que deram sustentação ao trabalho foram: os conceitos de sociedade e indivíduos (Norbert Elias), de culturas políticas (Serge Berstein) e de teatro da memória (Angela de Castro Gomes); a categoria espaços de sociabilidade (Michel Certeau, Maria Teresa Malatian e Jean Pierre Riox); a noção de biografia (François Dosse e Sabina Loriga).