Pirólise do óleo de babaçu (Orbygnia phalerata) para a obtenção de hidrocarbonetos renováveis

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2019
Autor(a) principal: Santos, Maria Fernanda Vicente dos
Orientador(a): Gondim, Amanda Duarte
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal do Rio Grande do Norte
Programa de Pós-Graduação: PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM CIÊNCIA E ENGENHARIA DE PETRÓLEO
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://repositorio.ufrn.br/handle/123456789/30733
Resumo: O óleo de babaçu pode ser considerado uma excelente matéria-prima para a produção de hidrocarbonetos renováveis devido a sua composição, contendo expressivas quantidades de ácidos saturados com cadeias moleculares curtas, composto majoritariamente pelos ácidos láurico (C12:0) e mirístico (C14:0), mesma faixa do querosene fóssil. O principal processo industrial para obter éster metílico é a transesterificação ou alcoólise de óleos vegetais e um álcool de cadeia curta, na presença de um catalisador, obtendo como produtos, éster metílico e glicerina. Entre os vários tipos de catalisadores encontrados na literatura, materiais contendo em sua composição metais nobres, como Cu, Ni, Ru, Rh, Pd e Pt, são mais eficientes para reações de desoxigenação para compostos contendo grupos carbonil, carboxil e hidroxil em temperaturas entre 250 e 450 °C. Deste modo, este trabalho tem como objetivo a produção de éster metílico a partir do óleo de babaçu, analisar os efeitos do Pd/C no óleo e no éster metílico de babaçu por termogravimetria e estudo cinético para posterior processo de pirólise. Para avaliar a sua viabilidade para a produção de biocombustíveis foram utilizadas as técnicas de massa específica, viscosidade, índice de acidez, infravermelho por transformada de Fourier, análise termogravimétrica e estudo cinético. As amostras de bio-óleo do óleo de babaçu, bio-óleo do éster metílico de babaçu, éster metílico de babaçu com catalisador e o óleo de babaçu com catalisador entre 5 e 70% de conversão apresentaram valores de R² acima de 0,9 demonstrando uma adaptação satisfatória dos modelos ao processo. O éster metílico de babaçu apresentou as menores faixas de energia de ativação (50,96-57,47 KJ/mol para o método FWO e 47,21-52,43 KJ/mol para o método KAS), podendo ser considerado o melhor bioproduto para o processo de pirólise.