Utilização da Aprendizagem Baseada em Equipes (ABE) na capacitação de profissionais de enfermagem: contribuições para o desenvolvimento de competências em termorregulação neonatal

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2018
Autor(a) principal: Santos, Ana Paula de Souza
Orientador(a): Santos, Marcelo dos
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM ENSINO NA SAÚDE
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: https://repositorio.ufrn.br/jspui/handle/123456789/26586
Resumo: A Aprendizagem Baseada em Equipes (ABE) é uma metodologia de aprendizagem dinâmica, baseada em equipes, que proporciona um ambiente motivador e cooperativo. Acredita-se que a ABE pode capacitar a equipe de enfermagem e contribuir com a melhoria dos cuidados em termorregulação do recém-nascido (RN) internado na Unidade de Terapia Intensiva Neonatal (UTIN). Objetivo: Analisar o desenvolvimento de competências de técnicos em enfermagem de uma maternidade escola para os cuidados em termorregulação neonatal, após capacitação baseada na ABE. Métodos: Estudo analítico, quase-experimental e quantitativo envolvendo 11 técnicos de enfermagem. Teve aprovação do Comitê de ética da UFRN sob o nº 2.018.097. Resultados: Os dados sobre a capacitação em TBL revelaram que, na avaliação de preparo individual (questionário com 10 questões de múltipla escolha equivalente a 40 pontos), os profissionais atingiram mediana de 19 pontos, considerando-se um desempenho insuficiente. Em equipe as pontuações tiveram mediana de 30 em que todos foram considerados "suficientes". O questionário aplicado após seis meses da intervenção para identificar aquisição de conhecimentos sobre o tema evidenciou mediana de 8 (das 10 questões), um desempenho superior ao alcançado pré-intervenção. A análise evidenciou significância estatística, em que o teste de Wilcoxon, considerando p<0,05 e confiança de 95%, mostrou que as pontuações em equipe do TBL foram superiores às individuais, pois Z =-2,93 e valor p = 0,003, bem como os acertos do questionário pós-intervenção, Z = -2,87 e p = 0,004. As habilidades nos cuidados com a termorregulação do RN após seis meses da intervenção foram observadas e classificadas segundo um modelo elaborado de DOPS (Observação Direta de Habilidades Procedurais), em que a maioria das observações foram entre “bom, ótimo e excelente”. Quanto à avaliação do método pelos participantes, houve concordância parcial ou total sobre o uso da metodologia, a aprendizagem foi significativa e despertou o interesse em estudar mais sobre o assunto. Conclusão: A aplicação da ABE mostrou-se um método de ensino viável para atividades de educação permanente de profissionais de saúde e foi bem avaliado. A capacitação permitiu a melhora dos escores de conhecimento pós-intervenção, que pode ter influenciado na avaliação positiva das habilidades e na implantação de Procedimento Operacional Padrão sobre Termorregulação neonatal. O estudo permitiu o desenvolvimento de proposta de Fluxograma do método ABE para ser utilizado na educação permanente do local campo de pesquisa.