Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2018 |
Autor(a) principal: |
Soares, Samara Carollyne Mafra |
Orientador(a): |
Souza, Dyego Leandro Bezerra de |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
|
Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
|
Programa de Pós-Graduação: |
PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM SAÚDE COLETIVA
|
Departamento: |
Não Informado pela instituição
|
País: |
Brasil
|
Palavras-chave em Português: |
|
Área do conhecimento CNPq: |
|
Link de acesso: |
https://repositorio.ufrn.br/jspui/handle/123456789/27594
|
Resumo: |
O câncer de próstata e de mama se constituem em desafios para a saúde pública mundial, e o seu rastreamento para a detecção precoce possui vantagens e desvantagens. No sentido de garantir benefícios superiores ao possíveis danos e malefícios atrelados ao rastreamento, suas práticas, tanto no serviço púbico quanto no setor privado de saúde, devem estar orientadas pela evidência científica. O presente estudo tem como objetivo identificar a prevalência e os fatores associados à realização do exame digital retal (EDR) em homens brasileiros com idade superior a 40 anos, e à realização de mamografias na população feminina de 18-39 anos. Foi utilizado a base de dados da Pesquisa Nacional de Saúde (PNS), Brasil, 2013. Para tabulação e análise estatística foi usado o software Stata® 14 verificando as Razões de Prevalência com respectivos Intervalos de Confiança de 95% e valores de p, através de análise multivariada com regressão de Poisson. Os usuários de planos de saúde privado (63,3%; IC=60,5-66,0) apresentaram maior prevalência na realização do EDR do que os do sistema público de saúde (41,6%; IC=39,8- 43,4). Os resultados apresentaram associação positiva para o EDR em homens com planos privados com idade entre 60-69 anos, que vivem com cônjuges, que nunca fumaram, e domiciliados em zonas urbanas. Para os homens usuários do serviço de saúde público essa associação positiva com o EDR se deu para a faixa etária de 70-79 anos, que vivem com cônjuges, que possuem autopercepção de saúde ruim/ muito ruim, que não bebem, ex-fumantes, com nível universitário, que apresentam 4 ou mais comorbidades, e domiciliados em zonas urbanas. Ainda para esse grupo houve associação negativa da realização do EDR para homens que moram na região Norte do país. Os resultados para a realização de mamografia na população feminina mostraram que a prevalência do exame foi de 11.6% (IC 95%-10.7-12.5), com maior realização para a faixa etária de 30-39 (18.6%). Após análise multivariada, observou-se associação positiva estatisticamente significativa para mulheres com planos de saúde privado, das regiões Sul e Sudeste (regiões com melhor nível socioeconômico), de maior escolaridade, e ainda com a realização do exame citopatológico do colo de útero. Mulheres com idade entre 18-39 anos, baixo risco de câncer de mama, estão realizando mamografias e há uma associação disso com o maior e melhor acesso aos cuidados médicos e aos serviços. Os achados apontam para diferença nos modos de atuação da prática médica vigente nos dois tipos de serviço de saúde no país, e ainda diferenças estruturais que condicionam o acesso a estes exames de diagnósticos. |