Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2021 |
Autor(a) principal: |
Santos, Sara Costa dos |
Orientador(a): |
Santos, Derivaldo dos |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal do Rio Grande do Norte
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Programa de Pós-Graduação: |
PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM ESTUDOS DA LINGUAGEM
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Brasil
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://repositorio.ufrn.br/handle/123456789/47088
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Resumo: |
Esta pesquisa apresenta um estudo de contos potiguares a partir da perspectiva do ensino de literatura. Para tal, são analisados contos com temáticas correlacionadas presentes nas obras Chão dos Simples (2014), de Manoel Onofre Júnior, e Rosa verde amarelou (2014), de Bartolomeu Correia de Melo. O objetivo é analisar como a figura do narrador tradicional e a representação feminina são abordados em contos dos dois autores, a fim de apontar caminhos possíveis para o trabalho com essas narrativas no contexto da sala de aula. Em relação à análise, primeiramente, observa-se como a cultura da oralidade é retratada nos contos, a partir da tradição da contação de histórias míticas em ambientes interioranos, tendo como aporte teórico principal as considerações sobre oralidade e narrador de Benjamin (1987), Cascudo (2006) e Zumthor (1997). Em seguida, analisa-se como ocorre a construção da representação feminina e a desestabilização da dominação masculina decorrente dessas formas de representação. Dessa forma, a análise se fundamenta, sobretudo, nos estudos de Bourdieu (2005), acerca da dominação masculina, e nos conceitos de mulher-objeto e mulher-sujeito discutidos por Zolin (2009), além das considerações de Delumeau (1989) a respeito da visão misógina que se construiu ao longo do tempo pela sociedade masculina. Nesse sentido, reflete-se sobre o ensino de literatura na atualidade e a sua indispensabilidade, a partir das discussões teóricas de Candido (2011), Compagnon (2009), Todorov (2009), Cosson (2014; 2010), Zilberman (2012) e Jouve (2012), para, por fim, serem propostas sugestões metodológicas de ensino com os contos potiguares analisados, organizadas em unidades didáticas. Essas unidades didáticas se baseiam na proposta dialógica de ensino apresentada por Cereja (2005) e partem do pressuposto de que o texto literário deve ser o cerne do ensino de literatura, de modo que esse método de ensino possa atender à formação leitora, crítica, consciente e humanizadora de estudantes da educação básica. |