Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2016 |
Autor(a) principal: |
Rufino, Fabíola Patrícia da Silva |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal do Rio Grande do Norte
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Programa de Pós-Graduação: |
PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM ECOLOGIA
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Brasil
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Palavras-chave em Português: |
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Área do conhecimento CNPq: |
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Link de acesso: |
https://repositorio.ufrn.br/jspui/handle/123456789/21113
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Resumo: |
A Mata Atlântica no Rio Grande do Norte (RN) pertence à biorregião de Pernambuco e é representada pelas Florestas Estacionais Semidecidual e Decidual, Manguezais e Restinga. Com o objetivo de avaliar o estado de conservação da Mata Atlântica no RN realizamos o mapeamento de remanescentes a partir de imagens de satélite e a abordagem de Ecologia de Paisagens. Avaliamos se há distinção entre os litorais norte e sul do Estado considerando suas diferenças naturais e de uso do solo históricas, como se dá influência de remanescentes pequenos na cobertura e configuração da paisagem e investigamos a relação entre a configuração da paisagem e a disponibilidade de habitat do bioma para espécies com diferentes capacidades de deslocamento. O percentual da área original do bioma coberta por remanescentes que possuem área a partir de 3 hectares é de 15,60% para o limite oficial do bioma. 89,70% do número total de remanescentes possuem área até 50 hectares. Apenas 6,00% dos remanescentes tem área maior do que 100 hectares, e estes são responsáveis aproximadamente 65% da área remanescente. Os fragmentos com menor área influenciam todas as métricas calculadas. As bacias hidrográficas do litoral sul possuem maior percentual de cobertura com remanescentes, maiores densidades de remanescentes e as áreas dos fragmentos são maiores do que no litoral norte. Constatamos que a disponibilidade de habitat na Mata Atlântica do RN é baixa para todas as capacidades de deslocamento e para todas as bacias hidrográficas, e variou com a capacidade de deslocamento e com a remoção de remanescentes, mas não houve interação entre esses dois fatores. Para as espécies com pequena e média capacidades de deslocamento, a disponibilidade de habitat é influenciada pelas métricas de configuração e composição de paisagem. Para as espécies com grande capacidade de deslocamento a disponibilidade de habitat é influenciada apenas pela métrica percentual de cobertura remanescente. Portanto a influencia da fragmentação na disponibilidade de habitat para áreas com percentual de cobertura médio e baixo (4 a 35%) depende da capacidade de deslocamento da espécie em questão. A Mata Atlântica do Rio Grande do Norte apresenta-se em situação crítica de conservação, com um baixo percentual de área remanescente, um alto nível de fragmentação e com baixa disponibilidade de habitat para todas as capacidades de deslocamento testadas, sendo imprescindíveis para conservação do bioma a manutenção de toda a área remanescente, principalmente dos grandes remanescentes e a restauração de áreas para aumentar o percentual de cobertura e a conectividade da paisagem. |