Atividade laboral como contexto de sofrimento e adoecimento psíquico: análise dos servidores públicos em instituição federal brasileira de ensino superior

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2016
Autor(a) principal: França, Isabelly Marques Souza de
Orientador(a): Falcão, Jorge Tarcisio da Rocha
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM PSICOLOGIA
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: https://repositorio.ufrn.br/jspui/handle/123456789/22358
Resumo: O presente trabalho de pesquisa voltou-se para a descrição e aprofundamento dos aspectos mais relevantes relacionados à saúde mental, sofrimento psíquico e atividade de trabalho no âmbito do serviço público federal brasileiro, mais especificamente com os servidores técnico-administrativos de instituições federais de ensino superior. Participantes de universidade federal da região nordeste representaram a categoria pesquisada. O pressuposto teórico aqui compartilhado enfatizou a centralidade do trabalho para a construção da identidade psicossocial do indivíduo, e, em decorrência para sua subjetividade, saúde e adoecimento físico e psicológico. Dados anteriores indicam que as doenças mentais e o sofrimento psíquico têm especial relevância como fatores incapacitantes para o trabalho. Transtornos mentais e comportamentais aparecem como responsáveis pelas principais causas para as faltas de servidores ao trabalho nos órgãos públicos brasileiros, o que correspondente a 60% dos motivos de afastamento. Nesse contexto de problematização, a presente pesquisa realizou análises descritiva e clínico-interpretativa da atividade laboral de servidores públicos da Universidade Federal do Rio Grande do Norte, que apresentaram histórico de queixa de adoecimento psíquico relacionado ao seu contexto laboral. Essa análise comportou dois estudos: o primeiro de caráter descritivo-quantitativo e o segundo, clínico-qualitativo. Os resultados corroboraram os dados epidemiológicos de estudos anteriores quanto à alta prevalência dos transtornos mentais e comportamentais (TMC) dentre as principais causas de afastamentos do trabalho dos servidores. Na instituição pesquisada, os TMC representam o segundo lugar dentre as ocorrências de Licença para Tratamento da própria Saúde, concedidas aos servidores entre os anos de 2012 a 2014. Por sua vez, a análise clínica qualitativa assinalou a potencialidade metodológica da clínica da atividade em contextos de sofrimento e/ou adoecimento psíquico no trabalho, ao proporcionar um suporte terapêutico aos participantes e auxiliar na explicação dos dados quantitativos.