Polimorfismo no gene da beta-caseína em rebanhos zebuínos leiteiros no Estado do Rio Grande do Norte

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2014
Autor(a) principal: Lima, Tábatta Cristine Chaves de
Orientador(a): Rangel, Adriano Henrique do Nascimento
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM PRODUÇÃO ANIMAL
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Gir
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: https://repositorio.ufrn.br/jspui/handle/123456789/22746
Resumo: Diversos problemas de saúde humana vêm sendo relacionados ao consumo de leite bovino, destacando-se entre eles aqueles relacionados a constituintes alergênicos, ocasionados pela reação imunológica do corpo às proteínas lácteas. Sabendo-se disto e da importância do leite como fonte de proteína de origem animal, encontrar soluções para minimizar a ocorrência de tais reações é extremamente necessário. Estudos apontam que as raças zebuínas apresentam alta frequência do alelo A2 da β-caseína. Este alelo, em homozigose, propicia um leite menos nocivo à saúde humana, mostrando a importância fisiológica de sua detecção. Neste contexto, este estudo teve como objetivo identificar a presença das variantes alélicas A1 e A2 do gene da β-caseína, bem como avaliar as características produtivas em rebanhos zebuínos leiteiros. Foram utilizados 156 animais zebuínos leiteiros (68 da raça Gir e 88 da raça Guzerá) provenientes do rebanho da Estação Experimental Felipe Camarão - EMPARN. As extrações de DNA foram feitas a partir do folículo piloso dos animais. O gene foi amplificado e sequenciado em sequenciador automático ABI 3100. As sequências obtidas foram submetidas à análise no programa Geneious 5.6.5®. Para análise estatística utilizou-se o programa Statistical Analysis System (SAS, 2002). O procedimento ANOVA foi utilizado para análise de variância e comparação de médias pelo teste de Tukey no nível de 5% de significância. As frequências alélicas e genotípicas dos animais Gir e Guzerá foram, respectivamente, 98% e 97% para o alelo A2; e 0,96 e 0,93 para o genótipo A2A2. As médias das características produtivas do Gir e Guzerá se encontram dentro dos valores observados para as raças, porém diferiram-se entre elas significativamente nos teores de proteína, lactose e extrato seco desengordurado. Para os animais da raça Gir, obteve-se correlação positiva com o teor de gordura e sólidos totais, enquanto que para a raça Guzerá verificaram-se as correlações entre as seguintes variáveis: gordura e sólidos totais, proteína e sólidos totais, e lactose e extrato seco desengordurado. Os resultados mostram a alta frequência do alelo A2 nas raças Gir e Guzerá, portanto, pode-se afirmar que para esta proteína o leite das raças zebuínas Gir e Guzerá na população estudada e constitui indicativo de que o leite destas raças possa ser mais saudável. Este trabalho é de grande importância para a produção leiteira, pois são raras as pesquisas no país desenvolvidas sobre o tema, principalmente com as raças zebuínas, e sinaliza para a perspectiva de seleção destas raças visando ao aumento da frequência do alelo desejável, despontando como uma alternativa viável para a produção de um leite não alergênico.