Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2014 |
Autor(a) principal: |
Azevedo, Dina Lillia Oliveira de |
Orientador(a): |
Souza, Arrilton Araújo de |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal do Rio Grande do Norte
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Programa de Pós-Graduação: |
PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM PSICOBIOLOGIA
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Brasil
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Palavras-chave em Português: |
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Área do conhecimento CNPq: |
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Link de acesso: |
https://repositorio.ufrn.br/jspui/handle/123456789/19762
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Resumo: |
As decisões comportamentais de um animal não ocorrem de forma aleatória, uma vez que os comportamentos são ajustados para garantir a sobrevivência e a reprodução do animal. Nesta pesquisa, examinei decisões comportamentais no contexto de forrageamento da formiga Dinoponera quadriceps com relação à orientação, avaliação do alimento e dinâmica do forrageio ao nível do indivíduo. O estudo foi realizado no Laboratório de Biologia Comportamental na UFRN e em uma área de Mata Atlântica secundária na FLONA-ICMBio de Nísia Floresta/RN. Em todas as observações e experimentos as formigas foram marcadas individualmente com uma etiqueta, com código alfanumérico, colada no tórax. Na primeira parte do estudo analisei as pistas de orientação utilizadas por D. quadriceps. Em um labirinto de 17 compartimentos testei cada operária forrageadora por 10 min em três sessões para seis tratamentos diferentes. Os tratamentos consistiam da presença ou ausência de odor e de marcas visuais superiores ou frontais. As operárias demonstraram que a presença de odor é indispensável e que marcas visuais frontais são mais eficazes do que as visuais superiores. Na segunda parte, investiguei a discriminação do alimento, considerando os parâmetros tamanho, peso e volume. Em um experimento de ‘cafeteria’, disponibilizei em uma placa de Petri, dentro de uma arena experimental de 1m², pedaços de alimento (mortadela) de forma cilíndrica. Inicialmente, os pedaços eram de quatro tamanhos diferentes; numa segunda etapa, os pedaços eram do mesmo tamanho, mas com peso diferente; na última etapa, os pedaços tinham mesmo peso, mas volume diferente. O resultado mostrou o efeito dos parâmetros tamanho e peso para a escolha do alimento. Na terceira parte do estudo, avaliei a influência da atividade das forrageadoras ativas nas inativas. As colônias foram observadas em ambiente natural. As observações aconteciam em três dias consecutivos por 10 vezes, total de 30 dias para cada colônia, 12 horas/dia. No primeiro dia, eu observava a saída e entrada das operárias; no segundo dia, foram retiradas as operárias mais ativas e devolvidas ao final das observações; no terceiro dia, as observações eram similares ao primeiro dia. Como resultado, as operárias de D. quadriceps realizam autoestimulação e não facilitação social e a colônia compensa a falta das operárias mais ativas. Com base no exposto, eu concluo que as operárias de D. quadriceps usam pistas de orientação química e visual frontal e superior nos seus deslocamentos. Elas discriminam o alimento escolhido por tamanho e peso. A regulação da dinâmica de atividade das forrageadoras é por autoestimulação, uma operária ativa não influencia a atividade de uma forrageadora inativa, o sucesso da busca prévia é um estímulo para a própria operária bem sucedida continuar a atividade de forrageio |