Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2018 |
Autor(a) principal: |
Costa, Hugo Aureliano da |
Orientador(a): |
Fonseca, Maria Aparecida Pontes da |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
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Programa de Pós-Graduação: |
PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM GEOGRAFIA
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Brasil
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Palavras-chave em Português: |
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Área do conhecimento CNPq: |
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Link de acesso: |
https://repositorio.ufrn.br/jspui/handle/123456789/25501
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Resumo: |
O turismo gera grande quantidade de fixos e fluxos que se reverberam no espaço estabelecendo diversas conexões e interações espaciais, alterando a forma-conteúdo dos lugares por intermédio das territorializações dos agentes que atuam no segmento turístico. Através de investimentos públicos e privados esta atividade assumiu grande relevância no que diz respeito às transformações espaciais e econômicas no município de Natal, a capital do Rio Grande do Norte, no contexto da reestruturação produtiva verificada na última fase de expansão do capitalismo. O turismo redefiniu a participação deste município na divisão internacional do trabalho e imprimiu o estabelecimento de novas redes entre Natal e o espaço econômico global, bem como no espaço intra regional e local. O objetivo do presente estudo é analisar como o fluxo de turistas, os meios de hospedagem e os trabalhadores do segmento turístico contribuíram para a constituição de novas redes geográficas em Natal, propiciando novas interações e conexões espaciais. O binômio conceitual de território-rede (HAESBAERT, 2006; FRATUCCI, 2008) alicerçará o estudo. Os procedimentos de pesquisa contaram com o levantamento de dados em vários órgãos e instituições governamentais sobre a origem e evolução dos meios de hospedagem; obteve-se, ainda, informações a respeito dos fluxos turísticos; bem como apreendeu-se a origem do capital de meios de hospedagem e de redes/grupos do setor de hospedagem atuantes em Natal. Também foram realizadas entrevistas junto às empresas do setor de hospedagens que fazem parte de redes hoteleiras para obter dados relacionados aos locais de moradia dos trabalhadores operacionais. Dada a natureza do estudo, elaborou-se mapas com a finalidade de espacializar os fixos e fluxos identificados. Além das redes externas propiciadas com os fluxos de turistas e de capitais (por meio da inserção de meios de hospedagem, em grupos, no tecido urbano natalense), demonstra-se com este estudo o fluxo intra e interurbano de Natal, identificado através do movimento dos trabalhadores do setor de hospedagem e dos turistas que se deslocam para visitar os atrativos no polo turístico Costa das Dunas. Dessa forma, demonstrou-se que, com a expansão do turismo, Natal passa a se conectar, alicerçado em lógicas zonais e reticulares, com outros lugares por intermédio das novas redes estabelecidas nos espaços global, regional e local a partir da atividade turística – redes de pessoas (trabalhadores e turistas) e de capitais (meios de hospedagem). As redes e grupos de meios de hospedagem são inseridos, em Natal, a partir da década de 80, alterando a formaconteúdo desta cidade e intencionalmente concebendo novas lógicas, capitaneadas por esse capital estrangeiro e, inclusive, pela própria atração de turistas pertencentes a estes países. Os turistas, destarte, além de, como aponta as informações obtidas, originarem-se dos mesmos países os quais provêm os meios de hospedagens, ainda se deslocam, em Natal e no Polo Costa das Dunas, de forma reticular e sazonal, usando o território seletivamente e criando uma região turística e Natal se estabelecendo como o principal nó. Os trabalhadores operacionais do turismo, vinculados zonalmente a esta atividade, dependem dessa atividade e residem, geralmente, distantes das áreas turistificadas, precisando deslocar-se diariamente para o trabalho. Dessa maneira, o turismo influencia, inclusive, áreas distantes, mesmo sem haver nessas localidades atração de turistas. Portanto, o uso do território natalense pelo turismo ganha protagonismo a partir da década de 80 aos dias atuais e altera a forma-conteúdo da capital potiguar e toda a sua estrutura, permeando-a de novos fixos e fluxos dessa atividade. |