O corpo na obra de Carlos Sérgio Borges: experiências estéticas para a educação física

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2021
Autor(a) principal: Freitas, Mônica Simone Rodrigues
Orientador(a): Medeiros, Rosie Marie Nascimento de
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal do Rio Grande do Norte
Programa de Pós-Graduação: PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM EDUCAÇÃO FÍSICA
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://repositorio.ufrn.br/handle/123456789/45643
Resumo: Notadamente, as pesquisas sobre o corpo vêm crescendo, desde o século XX, em diferentes abordagens. Com isso, se faz relevante ampliarmos nossos horizontes perceptivos em relação a essa estrutura, que é condição de nossa existência, sendo o corpo esboçado primordialmente no contexto social e cultural. Assim, a pesquisa busca investigar sobre o corpo ontológico e sensível, que é fonte de conhecimento. Para tanto, buscamos na obra de arte, em especial a pintura, essa manifestação expressiva do corpo de que o homem se apropria para se comunicar desde os primórdios, surgindo antes mesmo da própria verbalização humana e que, ao longo do tempo, vem se metamorfoseando e denotando nossa condição de sujeito, que é corpo no mundo. Dessa forma, apoiamo-nos em obras pictóricas do artista plástico Carlos Sérgio Pinheiro Borges que, há mais de quatro décadas, expõe sua arte para o mundo. Com o intuito de revelar saberes corporais, estéticos e culturais percebidos em obras selecionadas do artista, ampliando e suscitando reflexões para o campo da Educação Física, no que tange a alargar os conceitos de corporeidade, estética e cultura, aspirando preencher lacunas ainda existentes na Educação Física. Utilizamos o método fenomenológico, o qual considera o mundo vivido, a redução fenomenológica para a descrição do fenômeno, apreendendo novos sentidos e significados ao corpo que transcende, fundamentados nos estudos do filósofo Francês Maurice Merleau-Ponty, tendo como base a pesquisa qualitativa. Como técnica de pesquisa, recorremos a rede de significados por nos possibilitar uma maior aproximação com o fenômeno por meio de um conjunto de elementos que apresentam sentido e significado ao objeto percebido. Na composição da rede de significados, esquadrinhamos registros fotográficos e apreciação de algumas obras pictóricas do artista, entrevista com ele, panfletos de suas exposições, documentário e matérias de um jornal local. No desenlace da pesquisa, compreendemos que as pinturas nos possibilitam perceber o corpo enquanto uma estrutura sensível que é fonte de conhecimento, sendo este complexo inacabado, e esta sempre em construção. Essas percepções contribuem para a Educação Física, uma vez que nos revelam que as experiências vividas são de suma importância na construção do sujeito que é corpo no mundo e esse corpo, por sua vez, é um campo aberto à experiência, onde a cultura é preponderante, sendo a estética testemunha para essa percepção. E assim disseminaremos o entendimento de corpo para além do princípio da utilidade, do mecanicismo, ainda bem evidente na cultura ocidental.