Discurso de mudança e feminismo: estudo crítico da construção identitária feminina nas cartas do leitor da revista claudia

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2012
Autor(a) principal: Meira, Guianezza Mescherichia de Góis Saraiva
Orientador(a): Pedrosa, Cleide Emília Faye
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal do Rio Grande do Norte
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em Estudos da Linguagem
Departamento: Centro de Ciências Humanas
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://repositorio.ufrn.br/handle/123456789/49767
Resumo: A discussão envolvendo identidade tomou-se significativa nos últimos anos, devido, em especial, à fragmentação do indivíduo moderno, não mais percebido como uma unidade. Entendida como um conjunto de características próprias de um sujeito, a identidade sofre forte abalo em suas bases, e, uma vez que o sujeito se toma problemático, a identidade não é mais um elemento fixo e estável. Baseada nessa premissa, o objetivo desta dissertação é analisar as mudanças sociais e culturais no cenário do feminismo brasileiro, reveladas em cartas do leitor publicadas na revista brasileira Claudia. Para tanto, foram consideradas a construção de uma identidade feminina e sua relação com as diversas práticas sociais no contexto da globalização e, também, a influência do processo da modernidade tardia, apontada por Giddens (2002). A abordagem teórica da investigação é orientada pelos pressupostos da Análise Crítica do Discurso (FAIRCLOUGH, 2006), mais especificamente, a sua perspectiva transdisciplinar. Metodologicamente, o trabalho contempla o paradigma qualitativo-interpretativista, inscrito na Linguística Aplicada contemporânea (MOITA LOPES, 2006). O corpus constitui-se de quinze cartas do leitor veiculadas na revista em questão. Para alcançarmos nosso objetivo, foram selecionadas três cartas para representar cada década, de 1960 até 2010. Os dados evidenciam que as mudanças sociais, políticas e económicas permitiram às mulheres assumirem papéis diferentes dos impostos pela sociedade patriarcal, rompendo assim com as velhas certezas e produzindo novas formas de posicionamento. Nessa instância, a pesquisa nos permite inferir que, na modernidade tardia, a mulher constrói sua identidade pessoal relacionando-a com a vida em sociedade, que, por sua vez, envolve crenças, normas, valores, imagens e representações em sua relação com diferentes grupos de identificação e/ou pertencimento.