Corpo e educação: refletindo sobre as práticas pedagógicas na Educação Infantil

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2018
Autor(a) principal: Costa, Diorge Santos da
Orientador(a): Momo, Mariangela
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM EDUCAÇÃO
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: https://repositorio.ufrn.br/jspui/handle/123456789/26838
Resumo: A partir da hipótese de que somos sujeitos-corpos e entendendo que os profissionais que atuam na escola se tornam referência e exercem influência para com as crianças, o objetivo desta dissertação foi compreender e analisar os entendimentos e as práticas pedagógicas de três profissionais da Educação Infantil, relativas ao corpo e ao movimento das crianças. Para isso, aspectos relativos às concepções de corpo, corporeidade e movimento foram abordados, pautadas nos estudos de Michel Foucault, Merleau-Ponty, nos documentos que regem a Educação Infantil no Brasil e em algumas aproximações com os Estudos Culturais em Educação. Buscou-se fazer um breve apanhado acerca da infância, da criança na Educação Infantil e do corpo da criança na escola tendo como fio condutor aspectos relacionados ao corpo, no intuito de problematizar e refletir sobre a importância dessa etapa de ensino, devido às suas especificidades/particularidades. De modo a dar visibilidade a análise desta pesquisa, foram usadas, como ferramentas metodológicas, dez sessões de observação e uma entrevista semiestruturada com três profissionais, num Centro Municipal de Educação Infantil, situado na cidade do Recife – PE, sob os fundamentos da metodologia de abordagem qualitativa. Foram elaborados blocos temáticos a partir dos objetivos delineados centrados em três pontos. A saber: Práticas pedagógicas: sobre o desenvolvimento integral das crianças nas relações estabelecidas na escola; Concepções de corpo / corporeidade / movimento – sobre ser/estar no mundo e na escola; O corpo da criança na Educação Infantil x O corpo do profissional atuante na Educação Infantil. A análise dos dados aponta para o fato de que a Educação Infantil ainda não conseguiu se constituir como espaço privilegiado para o desenvolvimento integral da criança, contudo, indica a relevância da reflexão sobre as práticas pedagógicas, e, diante dessa compreensão, os profissionais percebem seu papel de referência para com as crianças, entendendo seus modos de ser e estar dentro e fora da escola. Observou-se também que o movimento corporal é desvalorizado na prática pedagógica, é tido, em alguns casos, como indisciplina, na qual se fazem presentes posturas de rigidez e controle dos corpos, dando ênfase à questão cognitiva. Concluiu-se que alguns condicionantes de natureza técnica e/ou material limitam a ação pedagógica e, de certa forma, impedem que os profissionais considerem a formação da criança de uma maneira mais ampla, ao pensar o lugar do corpo na Educação Infantil, requerendo, assim, uma atenção no que diz respeito à formação dos sujeitos que atuam diretamente nesta etapa de ensino.