Modelagem do relevo em bacias hidrográficas: uma abordagem de semidetalhe na Bacia do Rio Espinharas, PB, Brasil

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2021
Autor(a) principal: Vasconcelos, Jônatas Oliveira
Orientador(a): Sousa, Silvio Braz de
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal do Rio Grande do Norte
Programa de Pós-Graduação: PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM GEOGRAFIA
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://repositorio.ufrn.br/handle/123456789/46495
Resumo: O estudo da paisagem em ambientes semiáridos, mesmo com grande número de pesquisas, ainda carece de abordagens, essencialmente destinadas às questões ambientais e ao planejamento territorial. Dessa maneira, uma das formas de representação e caracterização da paisagem se dá por meio de abordagens morfológicas nos estudos da compartimentação morfopedológica, técnica capaz de criar zoneamentos homogêneos para definição de critérios de uso, fragilidade e potencialidades ambientais. Esta pesquisa tem como objetivo geral identificar e caracterizar os compartimentos do relevo presentes na Bacia Hidrográfica do Rio Espinharas (BHRE), no semiárido paraibano e refletir sobre suas fragilidades e potencialidades ambientais. Quanto aos objetivos específicos têm-se: 1) Caracterizar os elementos da paisagem por meio de mapas temáticos da BHRE; 2) Identificar os compartimentos do relevo na BHRE , 3) Analisar as potencialidades ambientais na BHRE com base nos compartimentos do relevo com direcionamento para a gestão territorial. Para realização desta pesquisa tem-se, por base, técnicas de Geoprocessamento e processamento digital de imagens, à luz das orientações de Cavalcanti (2010) e Castro; Salomão (2000), além de dados secundários do IBGE, CPRM e dados de trabalhos de campo. Foi possível delimitar sete unidades morfopedológicas, que são: áreas rebaixadas sem uso explícito (1), áreas rebaixadas de relevo suavemente ondulado de uso predominantemente agropecuário (2), serras baixas com predominância de rocha exposta e inselbergs (3), serras elevadas de relevo ondulado com uso agropecuário (4), cimeiras com solo predominantemente litólico (5), cimeiras com solo predominantemente regolítico (6) e, por último, a área elevada com característica montanhosa (7). De forma geral, a BHRE apresenta solos rasos e vegetação em estresse hídrico e fatores de limitação para o uso das terras. A BHRE possui uma ascendência hipsométrica de norte a sul com presença de inselbergs e blocos rochosos, ou seja, áreas indicadas à preservação. No tocante à vegetação, a BHRE apresenta uma fitofisionomia de savana estépica de aproximadamente 65%. As unidades 1,2,4 e 6 apresentam relevos planos e suavemente ondulados, propensas à utilização agropastoril, apresentando maior intensidade de uso. As unidades 3, 5 e 7, possuem relevos mais ondulados e montanhosos, dificultando a utilização e passíveis de áreas de proteção e preservação.