Reservatório Tabatinga (Macaíba-RN): qualidade ambiental, conflitos e uso

• Ano de defesa: 2015
• Autor(a) principal: Guedes, Josiel de Alencar
• Orientador(a): Amaral, Viviane Souza do
• Tipo de documento: Tese
• Tipo de acesso: Acesso aberto
• Idioma: por
• Instituição de defesa: Universidade Federal do Rio Grande do Norte
• Programa de Pós-Graduação: PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM DESENVOLVIMENTO E MEIO AMBIENTE - PRODEMA
• País: Brasil
• Palavras-chave em Português: Reservatório; Percepção ambiental; Qualidade de água
• Área do conhecimento CNPq: CNPQ::CIENCIAS BIOLOGICAS: DESENVOLVIMENTO E MEIO AMBIENTE
• Link de acesso: https://repositorio.ufrn.br/jspui/handle/123456789/19916

Os reservatórios são mananciais construídos ao longo de canais fluviais, com a interceptação por barramentos feitos por concreto ou terra. No Brasil eles são construídos para diversas finalidades, destacando-se a geração de energias (hidrelétricas), regularização de vazão e criação de reservas hídricas, e contenção de enchentes, por isso desempenharam e ainda desempenham papel importante na sociedade moderna. No semiárido da região Nordeste, normalmente são utilizados para o abastecimento de cidades e como fonte de alimentação. No Estado do Rio Grande do Norte, os grandes reservatórios são destinados a esta mesma finalidade. Cidades que se formaram às margens de rios, ou que tenham canais fluviais cruzando seu espaço, lidam com problemas relacionados e inundação. Na cidade de Macaíba-RN, esse processo ocorria sistematicamente durante o período chuvoso, causando grandes transtornos à população local. Fruto de reivindicação coletiva, foi construído o Reservatório de Tabatinga no rio Jundiaí, a montante da cidade. Diante deste cenário, esta tese visou analisar a qualidade socioambiental desse manancial. Para atingir esse objetivo, foram empregadas metodologias centradas na averiguação da qualidade de água, além da aplicação de questionário para conhecer a percepção dos moradores da área rural, onde o reservatório foi construído e dos moradores da área urbana da cidade. Os resultados mostraram a existência de conflitos dos moradores das comunidades rurais e a presença do reservatório, enquanto que para a população da cidade, o reservatório é considerado a solução correta para o término das enchentes na zona urbana, mas entendem que também servem como fonte econômica para a população rural. Considerando a avaliação da fonte de água, este estudo concluiu que o Reservatório Tabatinga está impróprio para uso, em função da presença de metais de significância toxicológica com potencial de causar danos ao material genético dos indivíduos que utilizam esse açude para diversos fins, podendo levar sérios riscos à saúde da população.