Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2018 |
Autor(a) principal: |
Mororo, Deborah Dinorah de Sá |
Orientador(a): |
Menezes, Rejane Maria Paiva de |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
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Programa de Pós-Graduação: |
PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM ENFERMAGEM
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Brasil
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Palavras-chave em Português: |
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Área do conhecimento CNPq: |
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Link de acesso: |
https://repositorio.ufrn.br/jspui/handle/123456789/25749
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Resumo: |
A Gestão do cuidado, fundamentada no princípio da integralidade, exige uma cultura de integração entre os serviços e uma interlocução entre os profissionais nos níveis de complexidade que compõem a Rede de Atenção à Saúde, associados à reorganização dos processos de trabalho. Inserido nesse cenário, a atenção à saúde da criança, vivencia uma transição epidemiológica em razão da prevalência da doença crônica que demanda um modelo de cuidado ampliado, coerente com a política do Sistema Único de Saúde. Nessa perspectiva, a inserção do enfermeiro como coordenador da equipe de enfermagem ou como gestor do cuidado é de fundamental importância. O objetivo deste estudo é analisar a influência da cultura organizacional sobre a gestão do cuidado à criança com doença crônica em unidade pediátrica de um hospital geral universitário e a atuação do enfermeiro. Estudo do tipo descritivo e analítico de abordagem qualitativa e referencial teórico metodológico fundamentado nos princípios da etnografia institucional. Teve como local uma unidade de pediatria de um Hospital geral universitário, numa capital do nordeste brasileiro. Os participantes do estudo foram os profissionais dessa unidade especializada, num total de 20, sendo eles: enfermeiro, psicólogo, nutricionista, fisioterapeuta, farmacêutico, assistente social e médico. Como instrumentos de coleta de dados utilizou-se a técnica de observação participante, o diário de campo, a análise documental e a entrevista semiestruturada, no período de maio a agosto de 2017. A análise dos resultados, seguiu a técnica de análise de conteúdo de Bardin, auxiliado pelo Software Atlas ti versão 8.0, das quais emergiram as seguintes categorias: cultura organizacional da gestão do cuidado de uma unidade pediátrica; visita como mecanismo de gestão do cuidado; atuação do enfermeiro na gestão do cuidado à criança; potencialidades e fragilidades na gestão do cuidado. Os resultados apontam para uma cultura de gestão do cuidado sob influência do modelo assistencial hegemônico, fragmentação da atenção e do cuidado, embora vislumbre avanços no trabalho multiprofissional. Por sua vez, a visita médica se destacou como mecanismo de gestão do cuidado com potencial para fortalecer o trabalho em equipe, mas necessita ser repensada para se tornar efetivamente interprofissional. Nesse contexto, Gestão do Cuidado em Enfermagem, entendida como articulação e integração entre ações cuidativas e gerenciais, mediante o exercício de liderança, relações interativas, comunicativas e cooperativas, é desenvolvido por um profissional enfermeiro com perfil assistencial, que executa todas as etapas do Processo de Enfermagem. No exercício dessa função, a enfermeira se reconhece como gestora à medida que organiza e intermedia as relações entre médico, usuário e as diversas categorias profissionais para prover as condições materiais necessárias ao processo assistencial. De forma semelhante, os demais profissionais atribuem ao enfermeiro uma responsabilidade para além da gestão do cuidado, como possível consequência da reprodução histórica, cultural e social do enfermeiro como organizador do serviço. Diante disso, as enfermeiras sentem-se sobrecarregadas e com dificuldade para exercer integralmente as dimensões gerencial e cuidativa, bem como a comunicação e a articulação com a Rede de Atenção à Saúde da Criança. Por fim, a estrutura física do hospital universitário e o projeto de segurança do paciente são potenciais para a gestão do cuidado. Ademais, as fragilidades locais estão relacionadas à indefinição de um modelo de gestão do cuidado pactuado em equipe e dificuldade para continuar o cuidado no âmbito domiciliar. |