Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2022 |
Autor(a) principal: |
Coutinho, Dinara Laiana de Lima Nascimento |
Orientador(a): |
Hull, Egmar Longo |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal do Rio Grande do Norte
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Programa de Pós-Graduação: |
PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM CIÊNCIAS DA REABILITAÇÃO
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Brasil
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Palavras-chave em Português: |
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Área do conhecimento CNPq: |
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Link de acesso: |
https://repositorio.ufrn.br/handle/123456789/52398
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Resumo: |
Introdução: A pandemia da COVID-19 teve início quase cinco anos após a epidemia causada pelo vírus Zika. No Brasil, mais de 3500 crianças com Síndrome Congênita do Zika (SCZ) enfrentam barreiras que afetam a participação em atividades cotidianas, que podem ser agravadas em situações de emergência sanitária. Objetivo: Explorar o cotidiano das crianças durante a pandemia do Covid-19 através de fotografias capturadas pelas mães. Metodologia: Trata-se de uma pesquisa de ação participativa que utilizou o photovoice para coletar informações de crianças brasileiras com SCZ por meio da percepção de suas mães. Sete participantes atuaram como co-pesquisadoras, todas eram mães jovens de crianças com SCZ com idades entre 2 e 5 anos. Algumas fases da pesquisa foram realizadas de modo online, outras por ligação telefônica e incluiu as seguintes etapas: 1) recrutamento das participantes; 2) Treinamento individualizado; 3) Entrevista Sociodemográfica; 4) Piloto; 5) Treinamento para realização do Photovoice; 6) Captura das fotos pelas participantes; 7) Grupo focal para contextualização das fotos; 8) Transcrição e análise dos dados; 9) Validação das análises pelas mães. Resultados: A análise do conteúdo, extraído das falas das mães sobre as fotos, revelou cinco categorias que representam aspectos que influenciavam a participação das crianças, foram elas: Preferências para Participação, Relações Familiares, Acesso à Saúde, Acesso à Educação e Isolamento Social. Para representar as preferências das crianças, as mães relataram situações que remetem ao desejo dos seus filhos em brincar com outras crianças e com os familiares, assim como de terem autonomia. O ambiente familiar foi caracterizado como um lugar feliz e tranquilo, que oferece segurança para as crianças. As terapias foram citadas como serviços essenciais para o desenvolvimento da criança, e a ausência acarretou prejuízos à saúde da criança. A educação foi comentada em termos de acessibilidade ao ensino remoto, falta de estrutura física e preparação pedagógica. Por último, a rotina das crianças foi diretamente afetada com isolamento social, sendo marcada pela interrupção das terapias, das consultas médicas e mudança comportamental das crianças. Conclusão: As fotografias capturaram vários aspectos da rotina das crianças com SCZ que foram impactadas pela pandemia do Covid-19. Os dados reforçam a importância de acolher e reduzir os efeitos negativos do isolamento social, para possibilite assistência integral às crianças com SCZ, com vistas a promover a participação e saúde global. Além de enfatizar a eficácia em escutar a opinião das mães, colocando-as como protagonistas do estudo. |