Entre mortos e vivos: a escrita ensaística de Prelúdio e fuga do real

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2013
Autor(a) principal: Medeiros, Regina Lúcia de
Orientador(a): Sá, Edna Maria Rangel de
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal do Rio Grande do Norte
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-graduação em Estudos da Linguagem
Departamento: Centro de Ciências Humanas, Letras e Artes
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://repositorio.ufrn.br/handle/123456789/47211
Resumo: O presente trabalho consiste numa análise integrativa do Prelúdio e fuga do real, do norte-rio grandense Luís da Câmara Cascudo. Editado pela primeira vez em 1974, esse livro é fruto da maturidade do escritor, e sua escrita revela, como procuramos demonstrar, traços recorrentes na produção cascudiana, apresentando diálogos entre um “eu-ficcionalizado” do próprio autor, que atende ao vocativo de “professor”, e escritores e personagens da literatura ocidental, figuras religiosas e míticas, assim como personalidades políticas. Tendo em vista a própria natureza do seu texto, nossa pesquisa tem como objetivo principal analisar as relações dialógicas que caracterizam a tessitura do livro, a fim de compreender em que medida elas contribuem para definir o posicionamento de seu autor frente à tradição ocidental e sua reflexão sobre a experiência do homem na modernidade. Entre essas relações, ressalta, no Prelúdio, o diálogo literário que a escrita cascudiana trava com a escrita ensaística do pensador francês Michel de Montaigne. Embora o corpus desta dissertação seja composto pelo Prelúdio e fuga do real, acrescentamos a ele dados secundários coletados em outros lugares da obra cascudiana, necessários para o cruzamento de informações e para o esclarecimento de alguns pontos obscuros. No tocante à fundamentação teórico-metodológica desta pesquisa, recorremos à análise integrativa (CANDIDO, 1971; 2002), à concepção bakhtiniana da linguagem (BAKHTIN, 1988; 1997; 2003) e às contribuições de Gómez-Martínez (1999) acerca do gênero “ensaio”.