Isolamento dos constituintes do Tegumento da Castanha de Cajú (TCC) e avaliação do seu potencial como antioxidante natural

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2016
Autor(a) principal: Oliveira, Natália de Freitas
Orientador(a): Dantas, Tereza Neuma de Castro
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM ENGENHARIA QUÍMICA
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: https://repositorio.ufrn.br/jspui/handle/123456789/22768
Resumo: O cajú (Anacardium occidentale L.) é uma das principais fontes de renda dos produtores rurais da região Nordeste do Brasil. A castanha de cajú é constituída por três partes: casca, amêndoa e uma película marrom conhecida como tegumento (TCC). Óleos vegetais brutos possuem diferentes constituintes que são indesejáveis ao produto final, uma vez que podem ocasionar a oxidação no óleo. Fatores como a degradação oxidativa são de extrema importância para o aumento do tempo de estocagem de óleos e gorduras. Neste trabalho procurou-se isolar os diferentes tipos de metabólitos secundários do tegumento; elaborar e otimizar uma metodologia para o refino dos óleos de canola e girassol; e avaliar o potencial antioxidante do extrato do tegumento da castanha de cajú na estabilidade oxidativa (EO) de óleos vegetais. A abordagem fitoquímica demonstrou que o tegumento é rico em diversos metabólitos, como os alcalóides, sais de amônio e os compostos fenólicos (taninos). Os óleos foram analisados em quatro grupos de amostras: industrial, bruto, degomado e neutralizado. Os óleos neutralizados de canola e girassol apresentaram acidez livre (IA) abaixo dos óleos industrializados, bem como os índices de iodo (II) e peróxido (IP). Através dos resultados obtidos, verificou-se que o processo de refino adotado resultou em um produto com padrão semelhante ao óleo industrializado e dentro das normas. O teste de oxidação acelerada, Schaal Oven Test, e as análises IA, IP, absortividade específiva (AE) em 232 e 270nm, dienos (DC) e trienos conjugados (TC), e EO em PetroOxy foram realizados, observando-se que as adições de antioxidantes naturais nos óleos vegetais asseguraram a estabilidade oxidativa após o envelhecimento acelerado em estufa. Evidenciou-se, também, que o óleo de canola foi mais estável e resistente a longos períodos de estocagem. O uso dos extratos metanólicos de tegumento (MDF) forneceu melhores resultados de IA, IP, DC em relação ao controle e ao antioxidante sintético BHA. O período de indução avaliado pelo PetroOxy foi aumentado com a adição dos antioxidantes naturais do TCC, demonstrando que sua ação antioxidante em óleos vegetais o torna um potencial composto bioativo natural.