Obtenção do Extrato de Aranto (Kalanchoe laetivirens) com CO2 Supercrítico e Etanol

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2024
Autor(a) principal: Galvão, Janiele Alves Eugênio Ribeiro
Orientador(a): Oliveira, Humberto Neves Maia de
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal do Rio Grande do Norte
Programa de Pós-Graduação: PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM ENGENHARIA QUÍMICA
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
CO2
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: https://repositorio.ufrn.br/handle/123456789/58024
Resumo: O Aranto (Kalanchoe laetivirens) é uma planta suculenta nativa da África, que está presente em diversos continentes. De fácil propagação, possui em sua composição bioativos, como compostos fenólicos e bufadienolídeos. Empregada como remédio natural, ainda não há unanimidade quanto a sua eficácia farmacológica. Entretanto, estudos recentes indicam que seus componentes possuem atividade anti-inflamatória, antitumoral e analgésica. Nesse contexto, a extração com CO2 supercrítico surge como uma alternativa para obtenção desses componentes, pois evita a degradação de bioativos, além de ser uma extração rápida e que possibilita um extrato mais puro. Além disso, em alguns casos o uso de cossolventes é necessário devido à solubilidade com o componente de interesse e também quanto à viscosidade do extrato, portanto, o etanol foi utilizado em todos os experimentos. As condições operacionais dos ensaios foram desenvolvidas na faixa de pressão de 80 a 140 bar, temperatura de 35 a 65° C e razão mássica entre etanol e aranto, de 0,57 a 1,72, com tempo de extração fixo de 30 minutos e granulometria do leito previamente definida com diâmetro médio de 1,15 mm, compondo um planejamento fatorial 2³ com triplicata no ponto central. O extrato foi caracterizado quanto às análises do poder antioxidante pelo sequestro do radical DPPH (2,2difenil-1-picril-hidrazil) e o teor de compostos fenólicos pelo método espectrofotométrico de Folin-Ciocalteu. Adicionalmente, foi identificada e quantificada nas amostras, a Quercetina, via CLAE (Cromatografia Líquida de Alta Eficiência). Os rendimentos em massa obtidos nas extrações variaram de 0,48 a 2,19% sendo o melhor resultado na condição de 65 °C, 80 bar e razão 1,72. De acordo com a análise estatística dos resultados dos rendimentos, a concentração de cossolvente apresentou efeito significativo. Nas extrações com Soxhlet, constatou-se um rendimento de 19,05% usando as folhas secas de aranto e etanol como solvente. Enquanto que utilizando-se folhas frescas da respectiva planta na extração com Soxhlet, observou-se um rendimento de 0,97%, em virtude do teor de umidade de 95,9%. Os resultados da quantificação de quercetina das amostras variaram de 1,03 a 31,96 mg/L. O teor de antioxidantes da melhor condição de extração supercrítica resultou no valor de EC50 (concentração efetiva que reduz 50% dos radicais livres) de 22,86 µg/mL, enquanto a amostra da extração convencional das folhas secas com o etanol resultou nos valores de EC50 de 114,26 µg/mL. Em relação ao teor de compostos fenólicos, a melhor condição apresentou 65,73 mg EAG/g Extrato (EAG – Equivalentes de Ácido Gálico), enquanto que as extrações no Soxhlet apresentaram respectivamente, das folhas frescas e secas, 83,28 e 89,09 mg EAG/g Extrato.