Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2019 |
Autor(a) principal: |
Nascimento, Rafaela Andrade do |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal do Rio Grande do Norte
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Programa de Pós-Graduação: |
PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM FISIOTERAPIA
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Brasil
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Palavras-chave em Português: |
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Área do conhecimento CNPq: |
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Link de acesso: |
https://repositorio.ufrn.br/jspui/handle/123456789/29695
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Resumo: |
Introdução: Dentre as mudanças clinicamente significativas que ocorrem durante o envelhecimento feminino, destacam-se aquelas que alteram a composição corporal, levando à diminuição da massa muscular e densidade óssea e também ao aumento da massa gorda, com modificações no padrão de distribuição da gordura corporal. Essas alterações causam impactos significativos no sistema musculoesquelético, com diminuição da força muscular e prejuízos no desempenho físico, capacidade funcional e na saúde das mulheres, a partir de meia-idade. Objetivo: Analisar a relação entre composição corporal, baixa massa muscular e desempenho físico em mulheres de meiaidade e idosas residentes na comunidade. Métodos: Trata-se de um estudo observacional, analítico, de caráter transversal e natureza epidemiológica. A população foi constituída por mulheres com idade entre 40 e 80 anos, residentes nos municípios de Parnamirim e Santa Cruz, estado do Rio Grande do Norte, Brasil. A amostra fonte do estudo foi composta de 708 mulheres. Em seguida, para cada estudo realizado foi utilizado uma amostra alvo, sendo no primeiro artigo de 593 mulheres e no segundo de 368 mulheres. Foram realizadas coletas para a dosagem bioquímica, avaliações da composição corporal e desempenho físico, além da coleta de dados sociodemográficos, socioeconômicos e a prática regular de atividade física. Para as análises estatísticas, foram utilizadas medidas de tendência central e de dispersão, teste t de Student, Curva ROC, qui-quadrado, regressão logística, correlação de Pearson e correlação canônica. As variáveis dependentes do estudo foram baixa massa muscular, força de preensão palmar, velocidade de marcha, teste de sentar e levantar e escore total do SPPB (Short Physical Performance Battery). O grupo de variáveis independentes foi composta pelos índices antropométricos de adiposidade: IMC (índice de massa corporal), CC (circunferência de cintura), RCQ (relação cinturaquadril), RCA (relação cintura-altura), IC (índice de conicidade), BAI (índice de adiposidade corporal), VAI (índice de adiposidade visceral) e LAP (produto de acumulação lipídica). Resultados: O resultado da presente tese originou dois artigos científicos. Quanto ao primeiro artigo pode-se observar que os pontos de corte dos índices antropométricos foram capazes de identificar a presença de baixa muscular (p<0,05), com exceção apenas do VAI. Após as análises de regressão, os índices CC, RCQ, RCA e BAI, estiveram associados a um maior risco de apresentar baixa massa muscular (6,2; 1,8; 5,0 e 14,5 respectivamente). Em relação ao segundo artigo, as três primeiras funções canônicas apresentaram significância estatística, sendo as mesmas responsáveis por 97,54% da variância compartilhada entre os dois conjuntos de variáveis. No entanto, a primeira função foi a que melhor estimou a variância compartilhada, além de apresentar maior correlação canônica e maior índice de redundância (% variância cumulativa = 82,52, Lambda de Wilks = 0,66, correlação canônica = 0,532, p valor <0,001). A partir da análise da primeira função canônica foi observada correlação inversa entre o IC (-0,59) com a força de preensão palmar (0,84) e o SPPB (0,68), além de correlação direta com a velocidade da marcha (-0,43). Conclusões: As alterações na composição corporal durante o processo de envelhecimento feminino estão associadas a baixa massa muscular e queda no desempenho físico em mulheres de meia-idade e idosas. Os pontos de corte dos índices antropométricos de adiposidade criados são eficazes na identificação de baixa massa muscular, evidenciando que incrementos nesses índices aumentam a chance de apresentar baixa massa muscular. Além do mais, pode-se observar que o desempenho físico sofre influência significativa das mudanças na composição corporal que ocorrem com o decorrer da idade. Os resultados apresentados possuem importante relevância clínica, uma vez que o melhor entendimento sobre essa temática é fundamental para fornecer subsídios científicos para o planejamento de políticas públicas de saúde, auxiliando a identificar e agir de forma preventiva nas mulheres com maior risco de apresentar baixa massa muscular. |