Performances desobedientes compartilhadas com crianças: diário do professor-performer

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2019
Autor(a) principal: Almeida, Rita Tatiana Gualberto de
Orientador(a): Ciotti, Naira Neide
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM ARTES CÊNICAS
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: https://repositorio.ufrn.br/jspui/handle/123456789/27166
Resumo: Este trabalho configura-se como um diário sobre o compartilhamento de performances com crianças de São Paulo (SP), Cunha (SP), Recife (PE), Natal (RN) e Nova Olinda (CE). Para tanto, se utiliza de uma linguagem que busca compartilhar com o leitor o processo de criação junto às crianças utilizando o método cartográfico (KASTRUP, 2015). O ponto de partida para compreender as crianças está conectado a conceitos oriundos da sociologia (SARMENTO, 2002) e da antropologia da criança (COHN, 2005), nos quais ela é compreendida como protagonista do seu meio cultural. O ato do brincar como performance desenvolvido a partir dos estudos da performance (SCHECHNER, 2003) e do Work in Process (COHEN, 2004), buscando refletir sobre a figura do professor-performer (CIOTTI, 2014) como um agente disparador de propostas e sobre a cena performativa. Para discutir o compartilhamento de ações, a pesquisa apresenta estudos sobre a Arte Participante e Virada Pedagógica na arte (BISHOP, 2012) e a Transpedagogia e Arte Social Engajada (HELGUERA, 2011). Foi verificado, neste estudo, que a desobediência pode ser um ato criativo, as performances desobedientes das crianças criam espaços de livre expressão como possibilidade de diálogo para repensar processos artísticos e pedagógicos e, para refletir sobre essas questões, relaciona-se os estudos das pesquisadoras e feministas negras como Ribeiro (2017), Berth (2018), os estudos sobre a caça as bruxas (FEDERICI, 2017), a perspectiva sobre infância e compartilhamento dos povos originário através de Krenak (2018), a ideia de Cultura Matrística (VERDEN-ZOLLER; MATURANA, 2015) e a contribuição de pensamento sobre a desconstrução da colonialidade (QUIJANO, 2009) para que possamos rever conceitos acerca de políticas para a infância a partir de pontos de vista que estão próximos à formação da cultura Latino Americana.