A efetividade do cuidado de enfermagem na melhoria da qualidade de vida de pessoas com hipertensão na estratégia saúde da família: um ensaio clínico randomizado tipo cluster

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2022
Autor(a) principal: Januário, Ionara de Souza
Orientador(a): Trindade, Thiago Gomes da
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal do Rio Grande do Norte
Programa de Pós-Graduação: PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM SAÚDE DA FAMÍLIA NO NORDESTE
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: https://repositorio.ufrn.br/handle/123456789/49820
Resumo: Introdução: A hipertensão arterial sistêmica é considerada um problema de saúde pública que afeta grande parte da população brasileira, acarretando em complicações e mortes por eventos cardiovasculares. O acompanhamento dos usuários hipertensos na Estratégia Saúde da Família (ESF) é fundamental para o melhor controle desta patologia e, consequentemente, redução dos danos. Na ESF, o enfermeiro deve atuar na coordenação do cuidado dos indivíduos hipertensos. Objetivo: Analisar o efeito de uma intervenção multifacetada do cuidado de enfermagem ofertado à pessoas com hipertensão arterial, vinculadas as equipes de saúde da família em São Caetano - Pernambuco e Jucurutu - Rio Grande do Norte, com vistas a melhoria da qualidade de vida relacionada à saúde desses usuários. Metodologia: Trata-se de um estudo epidemiológico, experimental do tipo ensaio clínico randomizado em cluster. Para a seleção das ESF e dos usuários hipertensos foi adotada a técnica de amostragem probabilística aleatória simples. A pesquisa foi composta pelos profissionais enfermeiros atuantes nas ESF dos dois municípios (12 ESF / 12 enfermeiros) e pelos usuários hipertensos (231 usuários), divididos em dois grupos: grupo controle e grupo intervenção. Sendo os do grupo controle acompanhados através do cuidado usual / habitual de enfermagem, sem uma intervenção adicional da equipe e o grupo intervenção que seguiu as orientações e aplicação das intervenções preconizadas pelo protocolo deste estudo. A coleta de dados da pesquisa ocorreu em dois momentos distintos: ao iniciar o estudo (linha de base) e três meses após a intervenção (seguimento). Resultados: Dos participantes do estudo 72,3% são do sexo feminino, a média da idade foi de 59 anos (EP=0,9), 85,2% estão com excesso de peso ou obesidade, 69,7% não praticam atividade física, 52,4% apresentaram descontrole nos níveis pressóricos. Na avaliação da qualidade de vida relacionada à saúde, através do Mini-questionário da qualidade de vida em hipertensão (MINICHAL) obteve-se média do Escore geral da qualidade de vida mencionada pelos participantes de 90,5 (EP=1,0), sendo o domínio Estado mental = 92,8 (EP=1,0) e o domínio Manifestações somáticas = 88,4 (EP=1,0). Além disso, 32,5% dos participantes referenciaram que a hipertensão e seu tratamento afeta sua qualidade de vida. Para comparação da linha de base e o seguimento foi realizado proporções/dicotomização pela mediana, obtendo-se boa qualidade de vida dos participantes em ambos os grupos. Considerações finais: Buscar estratégias para prevenir os danos e minimizar as complicações da hipertensão é fundamental na nossa pratica clínica. Estratégias de intervenção como o protocolo para consulta de enfermagem proposto em nosso estudo, precisam ser discutidos e utilizados pelas equipes de saúde, uma vez que são de baixo custo e devem fazer parte da rotina e do cuidado usual no atendimento às pessoas com hipertensão. Os resultados positivos observados do ponto de vista clínico e estatístico em ambos os grupos (grupo controle e grupo intervenção), demonstram que a intervenção educacional ofertada aos enfermeiros do estudo pode ser repetida na prática clínica desses profissionais na ESF.