Arquitetura, cidade e território no Brasil colonial: a contribuição dos carmelitas calçados da Bahia e Pernambuco (1580-1800)

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2015
Autor(a) principal: Orazem, Roberta Bacellar
Orientador(a): Teixeira, Rubenilson Brazão
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal do Rio Grande do Norte
Programa de Pós-Graduação: PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM ARQUITETURA E URBANISMO
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: https://repositorio.ufrn.br/jspui/handle/123456789/20756
Resumo: Este estudo investiga a atuação dos religiosos denominados carmelitas calçados, da Ordem do Carmo no Brasil, no período entre 1580 e 1800, na capitania da Bahia de Todos os Santos (Recôncavo, cidade de Salvador e Sergipe) e na capitania de Pernambuco (Alagoas, Pernambuco e Itamaracá). A pesquisa não inclui os calçados ditos 'reformados' dos conventos de Goiana, Recife e Paraíba. A Ordem do Carmo é uma ordem religiosa da Igreja Católica, criada no século XII e que, no século XVI, dividiu-se em carmelitas calçados e descalços. Os calçados chegaram ao Brasil em 1580, provenientes de Portugal, instalaram conventos nos principais núcleos urbanos e possuíram bens como escravos, fazendas e outras construções. Como toda ordem religiosa, os carmelitas calçados tinham o seu modus operandi. Este trabalho enfatiza a sua forma de atuar na cidade, tanto individualmente, quanto no conjunto de fundações religiosas carmelitas (em rede). Essa atuação terminou por afetar, ainda que, indiretamente, a construção de determinados aspectos da arquitetura, da cidade e do território no Brasil colonial. O objetivo principal do estudo é demonstrar o impacto da atuação dos carmelitas calçados da Bahia e de Pernambuco no território do Brasil colonial, este sendo analisado segundo três escalas: , 1) a da região ou interurbana; 2) a da cidade ou intra-urbana; 3) a do edifício ou da arquitetura. . A pesquisa se vale do método comparativo de análise, especialmente para a escala da arquitetura. O trabalho demonstra que os carmelitas calçados da Bahia e Pernambuco, mesmo não atuando diretamente como arquitetos ou urbanistas, contribuíram para a formação do território do Nordeste do Brasil no período colonial, atuando em uma rede religiosa conventual hierarquizada e bem articulada, econômica e socialmente. Além disso, influenciaram a formação e o crescimento de diversos núcleos urbanos coloniais da Bahia até Pernambuco, principalmente, no entorno imediato de suas edificações religiosas. Finalmente, é evidente a contribuição desses religiosos para a arquitetura colonial, como pode ser visto pelas características arquitetônicas das igrejas e conventos analisados, dos quais grande parte resiste até os dias atuais.