Efeito de filmes de quitosana e bentonita na conservação pós-colheita de banana prata (Musa spp.)

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2020
Autor(a) principal: Medeiros, Silvia Valeria de
Orientador(a): Damasceno, Karla Suzanne Florentino da Silva Chaves
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso embargado
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal do Rio Grande do Norte
Programa de Pós-Graduação: PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM NUTRIÇÃO
Departamento: Nutrição
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://repositorio.ufrn.br/handle/123456789/30805
Resumo: A banana é o fruto mais consumido no Brasil e no mundo. Entretanto, cerca de 40% da produção é perdida devido ao rápido amadurecimento. Estudos com revestimentos comestíveis baseados em biopolímeros, como a quitosana, são importantes para prolongar a vida útil de frutose algumas de suas limitações podem ser minimizadas pela incorporação de argila. Esse trabalho objetivou avaliar a conservação pós-colheita de banana prata revestida com coberturas biopoliméricas e argilo-biopoliméricas. A primeira etapa caracterizou os filmes e a segunda avaliou a conservação pós-colheita das bananas cobertas com os revestimentos de melhores características físicas. Foram elaborados e caracterizados seis filmes: três biopoliméricos, com quitosana a 0,5, 1,0 e 1,5% e glicerola15%(m/m), e três argilo-biopoliméricos, elaborados com a adição da bentonita a 0,2%(m/V)às formulações dos filmes biopoliméricos -FBP1, FBP2 e FBP3; FABP1, FABP2 e FABP3, respectivamente. Foram analisadas morfologia, composição química, microestrutura da superfície, disposição da bentonita na matriz polimérica, decomposição térmica e permeabilidade ao vapor de água. A avaliação da conservação pós-colheita dos frutos revestidos realizou-se com análises físico-químicas, físicas, microbiológicas e sensoriais, além dos registros fotográfico e de incidência de doenças, durante período de 9 a 11dias de armazenamento, sob temperatura ambiente(24,05 ºC ± 1,29). A caracterização evidenciou maior uniformidade superficial nos filmes biopoliméricos e presença de rugosidades na superfície dos argilo-biopoliméricos, atestou a presença da bentonita nos filmes argilo-biopoliméricos e evidenciou material predominantemente amorfo sem alterações perceptíveis com a inserção da bentonita. Foram observadas bandas vibracionais características de ligações e de grupos existentes na quitosana, nos filmes biopoliméricos, além daquelas características de ligações e grupos existentes na estrutura da bentonita, nos filmes argilo-biopoliméricos. A adição de argila resultou em maior formação de resíduo após decomposição térmica do material e potencializou a propriedade de barreira contra a permeabilidade de vapor de água. FABP3 foi o filme que apresentou maior espessura, menor permeabilidade ao vapor de água e menor perda de massa relacionada à decomposição térmica do polímero. As bananas foram revestidas com coberturas de quitosana a 1,0%, sem (BP1,0%) e com argila (ABP1,0%) e de 1,5%, sem (BP1,5%) e com argila (ABP1,5%) e comparadas ao grupo controle. Ao final do período de 9armazenamento, o grupo BP1,5% apresentou menor (p < 0,05) conteúdo de sólidos solúveis totais, menor (p < 0,05) perda de massa e maior (p < 0,05) espessura da casca que o controle. BP1,5% e ABP1,5% apresentaram valores de acidez e de razão polpa/casca menores (p < 0,05)que o controle e maior firmeza(p < 0,05), durante todo o armazenamento. Os revestimentos dos grupos ABP1,5% e BP1,5% retardaram o amadurecimento e aumentaram a vida útil pós-colheita das bananas em 2 e 4 dias, respectivamente. Verificou-se também que todos os grupos encontraram-se dentro dos padrões microbiológicos mínimos exigidos pela legislação vigente e que os revestimentos não alteraram as características sensoriais da banana. Portanto, as coberturas de quitosana a 1,5%, com e sem carga de bentonita, foram mais eficientes em retardar o amadurecimento e prolongar a vida útil das bananas