Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2020 |
Autor(a) principal: |
Sousa, Suzani Gabrielli de Lima e |
Orientador(a): |
Lima, Fellipe Coelho |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal do Rio Grande do Norte
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Programa de Pós-Graduação: |
PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM PSICOLOGIA
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Brasil
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://repositorio.ufrn.br/handle/123456789/31350
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Resumo: |
A pesquisa buscou analisar a vivência de mulheres diante do desemprego. Como aporte teóricometodológico partiu-se do feminismo materialista, ao considerar a divisão sexual do trabalho e das relações sociais de sexo; e da Psicologia Histórico-Cultural, na perspectiva de Vigotski, no que envolve os conceitos de sentido, significado e vivência. Foram realizadas entrevistas em profundidade com 14 mulheres desempregadas em situação involuntária de não-trabalho remunerado, por falta de oportunidades de trabalho ou que exercem um trabalho irregular/ocasional, com desejo de obter um emprego formal. O contato com essas mulheres ocorreu em uma agência pública de emprego em Natal/RN. Os relatos das participantes foram categorizados e processados com o auxílio do software estatístico de análise qualitativa QDA Miner, e a partir dos núcleos de significação. No estudo, concluiu-se que os sentimentos acometidos das mulheres diante do desemprego são de: frustração, culpa, tristeza, angústia, falta de ânimo, inutilidade, impotência, incapacidade e raiva. As principais barreiras enfrentadas na procura por um posto de trabalho consistem: na dificuldade financeira para participar de processos seletivos; na exigência por experiência na função pretendida; na carência de oportunidades de trabalho; no obstáculo por ter filho; e na prioridade aos profissionais mais qualificados. Além do mais, ser mulher no mundo do trabalho abarca: vivenciar o desafio da dupla jornada de trabalho; sofrer preconceito em detrimento da licença maternidade; e conviver com exigências diferenciadas no ambiente de trabalho. Ademais, as mulheres explicitaram vínculos de trabalhos precarizados, de baixo nível de escolaridade e de reduzido prestígio social, sendo muitos desses vínculos associados às atividades de cuidado, além ser recorrente comprometimentos e interrupções na carreira profissional em circunstância das responsabilidades na esfera doméstica. Desse modo, o desemprego feminino além de atravessar os sentidos e significados do trabalho, relaciona-se, ainda, com os diversos papéis sociais exercidos pelas mulheres na sociedade contemporânea. |