Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2021 |
Autor(a) principal: |
Rodrigues, Francisco Demetrius Monteiro |
Orientador(a): |
Myrrha, Luana Junqueira Dias |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal do Rio Grande do Norte
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Programa de Pós-Graduação: |
PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM DEMOGRAFIA
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Brasil
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://repositorio.ufrn.br/handle/123456789/33035
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Resumo: |
A região Nordeste, durante décadas, perdeu consideráveis contingentes populacionais, seja por causa da seca, latifúndio, desemprego, redes de relacionamentos/sociais, esgotamento das fronteiras produtivas, falta de oportunidades de trabalho e/ou estudo na terra natal. Contudo, embora as perdas populacionais nordestinas tenham arrefecido nas últimas décadas, a região permanece com saldo migratório negativo relevante. O nordestino ainda emigra, e, na maioria dos casos, em busca de emprego, melhores rendimentos, oportunidades e/ou novos lugares onde haja melhor qualidade de vida. Com as mudanças no cenário econômico, político e social das regiões de origem e destino a partir da década de 1970, com destaque para o período entre 2003 e 2014, a decisão de migrar passou a ser subsidiada por diversos fatores, para além das dificuldades de sobrevivência e/ou mobilidade social. Mas o sucesso da emigração depende, em grande parte, das características do mercado de trabalho na região de destino, assim como das características demográficas do migrante, as quais se diferenciam por gênero e raça. Neste contexto, o objetivo desta dissertação é analisar, para o ano de 2014, os efeitos da interseccionalidade de gênero e raça na mobilidade social intrageracional do emigrante com origem na região Nordeste (e com destino em outra grande região do país). Para tanto, a fonte de dados é a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD) de 2014, que possui um módulo especial de perguntas sobre mobilidade social, além das características sociodemográficas e migratórias. Através da análise descritiva verificou-se que os emigrantes do Nordeste experimentaram maior mobilidade intrageracional ascendente comparativamente aos não migrantes nordestinos, em 2014. No entanto, esse movimento na estrutura social foi majoritariamente de curta distância. Pelos modelos logísticos pode-se observar que as chances de mobilidade ascendente são menores para as mulheres, independente da condição de migração, mas com intensidades diferentes. Entre os emigrantes, as mulheres brancas foram as que apresentaram as menores chances de mobilidade ascendente e entre os não migrantes, as mulheres negras. Adicionalmente, os resultados evidenciam que para os emigrantes, as chances de mobilidade ascendente são maiores entre aqueles com 30 a 34 anos, que nunca viveram com cônjuge ou companheiro(a), na condição familiar demais, com até o ensino fundamental completo, dois anos de residência na região de destino e homens negros. Quanto ao não migrante, as chances de mobilidade social ascendente, em 2014, são maiores para os indivíduos com idade de 25 a 29 anos, que vivem com cônjuge ou companheiro(a), pessoa de referência, com superior incompleto e mais e para os homens brancos. |