Filogenia molecular do gênero Morganella Zeller (Fungi, Basidiomycota) utilizando marcadores ITS

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2015
Autor(a) principal: Moura, Mariana Pires de
Orientador(a): Baseia, Iuri Goulart
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal do Rio Grande do Norte
Programa de Pós-Graduação: PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM SISTEMÁTICA E EVOLUÇÃO
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
DNA
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: https://repositorio.ufrn.br/jspui/handle/123456789/20518
Resumo: Com o desenvolvimento e aprimoramento das técnicas para estudos moleculares e sua consequente aplicação à sistemática, relevantes modificações ocorreram na classificação dos gasteromicetos. O gênero Morganella pertence à família Lycoperdaceae, e é caracterizado, principalmente, pelo hábito lignícola e presença de paracapilícios. Dados recentes demonstram a descoberta de novas espécies para o grupo e a existência de uma grande diversidade de espécies ocorrendo em ecossistemas tropicais. Entretanto, as relações filogenéticas do gênero, como também a classificação taxonômica, ainda requerem revisões para serem melhor compreendidas, além de que, trabalhos que abordem esse tema ainda são escassos na literatura. Desta forma, objetivou-se neste trabalho realizar estudos de filogenia molecular com espécies do gênero Morganella, visando ampliar o conhecimento sobre a filogenia do grupo mediante a inclusão de dados de espécies tropicais. Para isso, os espécimes utilizados, tanto para as extrações de DNA quanto para a revisão morfológica, foram obtidos a partir de herbários brasileiros e estrangeiros. Para a análise morfológica foram observados caracteres relevantes para a taxonomia do grupo. Para as análises filogenéticas foram utilizados os métodos de Máxima Parcimônia e Análise Bayesiana, utilizando-se o espaçador interno transcrito (ITS) do DNA ribossômico nuclear. Nas análises filogenéticas realizadas, os representantes de Morganella formaram um clado monofilético com um bom valor de suporte, e com base nestes resultados o gênero não deve ser incluído como subgênero de Lycoperdon. As análises indicaram que M. pyriformis não se agrupa com os demais representantes de Morganella, e portanto não deve ser incluído no grupo como representante do subgênero Apioperdon, pois se trata de um representante de Lycoperdon. Por outro lado, M. fuliginea, M. nuda, M. albostipitata, M. velutina, M. subincarnata, se encontram agrupadas, com valores de suporte alto, dentro do gênero Morganella. Morganella arenicola, com base em estudos morfológicos e moleculares, não se agrega em Morganella. Morganella nuda se agrupou com M. fuliginea dando indícios de que podem se tratar de uma variação intraespecífica. Os resultados das análises realizadas favorecem para um melhor esclarecimento e posição das espécies de Morganella. No entanto, estudos adicionais utilizando um maior número de espécies, e também outros marcadores moleculares se fazem necessários para um melhor entendimento da filogenia de Morganella.