Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2018 |
Autor(a) principal: |
Costa, Máximo José da |
Orientador(a): |
Mendes, Jean Joubert Freitas |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
|
Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
|
Programa de Pós-Graduação: |
PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM MÚSICA
|
Departamento: |
Não Informado pela instituição
|
País: |
Brasil
|
Palavras-chave em Português: |
|
Área do conhecimento CNPq: |
|
Link de acesso: |
https://repositorio.ufrn.br/jspui/handle/123456789/26336
|
Resumo: |
Nesta pesquisa, abordo sob a ótica das teorias críticas, a relação de estudantes de educação básica com música(s), com especial atenção à música popular massiva. Nesse sentido, foi definido, como objetivo geral, para este estudo, observar a música popular massiva sob a ótica de estudantes em três escolas da educação básica da cidade do Natal/RN; contemplando uma instituição da rede pública municipal, uma da rede pública estadual e outra de uma rede privada de ensino. A partir de uma abordagem qualitativa, a pesquisa configurou-se como um estudo multicaso. O campo empírico foi constituído especificamente por três turmas: uma do 9º ano do ensino fundamental na escola particular; outra do 9º ano do ensino fundamental na escola municipal da cidade do Natal/RN; e outra do 1º ano do ensino médio na escola estadual do Rio Grande do Norte. As três instituições possuíam professores formados em Arte/Música e davam aulas integralmente na disciplina música. Como procedimentos de coleta de dados, realizei um levantamento documental, bem como, lancei mão de observação participante, aplicação de questionários, realização de entrevistas semi estruturadas – das quais participaram três alunos de cada uma das turmas –, além de registro em áudio e imagem. Ao final da pesquisa, foi possível perceber que o cotidiano dos respondentes é repleto de escuta musical (e que essa escuta, em sua maior parte, contempla produções midiáticas recentes) que ora se conectam – ora não – com as vivências proporcionadas pela praxis pedagógico-musical das escolas em que estudam. Através das concepções simbólicas em Bourdieu (2008), percebi que cada estudante demonstrou ter um modo específico de se relacionar com música, apresentando gostos e preferências diferenciadas, bem como, ancorado em Merriam (1964), atentei também que isto se aplica aos usos e funções às músicas com as quais se envolvem. Conclui que conhecer, compreender e refletir sobre essas diferentes músicas é estar aberto a condição para convivência de manifestações que compõem a diversidade sociocultural contemporânea – sejam estas oriundas da produção midiática, sejam oriundas de outros meios –. Contudo – e por fim –, defendi um necessário olhar crítico/reflexivo sobre as relações de estudantes com música; de modo a dar visibilidade, bem como gerar problematização acerca dos interesses, estratégias e manipulações da indústria cultural (em seus diversos segmentos). Isso significa, contemplar a diversidade musical – e, de forma mais ampla, sociocultural – em sala de aula; sem deixar de expor e refletir sobre relações assimétricas de poder no âmbito micro e macrossocial que tendem a orientar a forma como todos(as), na escola e fora dela, se relacionam com música(s) na atualidade. |