Nanopartículas poliméricas biodegradáveis de poli (ácido láctico-co-glicólico) funcionalizadas para incorporação de peçonha de Bothrops jararaca

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2018
Autor(a) principal: Silva, Emanuell dos Santos
Orientador(a): Silva Júnior, Arnóbio Antonio da
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM CIÊNCIAS FARMACÊUTICAS
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: https://repositorio.ufrn.br/jspui/handle/123456789/27796
Resumo: Envenenamento por serpentes representa um problema de saúde pública mundial. A pesquisa por novos imunoadjuvantes e vacinas expande as alternativas terapêuticas e melhoram soros antivenenos. A nanotecnologia é associada à melhoria do soro do antiveneno, uma vez que as nanopartículas carregadas com veneno modulam a liberação de proteína e ativam o sistema imune a produzir anticorpos específicos. As nanopartículas poliméricas são dispersões coloidais com tamanhos entre 1-1000 nm que são utilizados como sistemas de administração de fármaco e macromoléculas bioativas. O objetivo deste estudo foi obter e caracterizar nanopartículas catiônicas biocompatíveis para o carreamento de proteínas. Nanoparticulas menos que 200 nm de poli (ácido láctico-co-glicólico) (PLGA) foram produzidas e funcionalizadas com polietilenimina hiper-ramificada (PEI) usando a técnica de nanoprecipitação. Os parâmetros físico-químicos avaliados por dispersão de luz dinâmica, medidas de potencial zeta e morfologia foram monitorados para estabelecer uma formulação adequada. Foram obtidas partículas de tamanho reduzido (100-200 nm), esféricas e com eficiência de associação de proteína de aproximadamente 100%. A alta eficiência de associação da proteína, a eletroforese e os resultados do potencial zeta demonstraram que a peçonha de Bothrops jararaca foi adsorvida na superfície da partícula, permanecendo como uma dispersão coloidal estável durante 6 semanas. Foi observado um perfil de liberação lento seguindo o mecanismo cinético de difusão parabólica. Os testes in vivo mostraram capacidade imunoadjuvante das nanopartículas, semelhante ao encontrado com a utilização de hidróxido de alumínio. Sendo assim, as nanopartículas catiônicas como veículo para moléculas bioativas foram desenvolvidas com sucesso e demonstraram-se como um imunoadjuvante promissor e um novo nanocarreador para a liberação de proteína ou ácidos nucleicos.