A representação do ator social latino-americano nas crônicas jornalísticas de Gabriel García Márquez

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2021
Autor(a) principal: Silva, Alexsandro Leocádio da
Orientador(a): Silva, Regina Simon da
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal do Rio Grande do Norte
Programa de Pós-Graduação: PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM ESTUDOS DA LINGUAGEM
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://repositorio.ufrn.br/handle/123456789/48327
Resumo: O início da carreira do Nobel colombiano Gabriel García Márquez foi marcado pela presença do jornalismo e da literatura que, no caso dele, sempre andaram de mãos dadas quando o assunto é o gênero crônica. Foi nos anos de 1948 a 1952 que Gabo iniciou sua carreira jornalístico-literária, publicando suas notas quase que diariamente em jornais colombianos. São crônicas que transitam entre o jornalismo e a literatura, o real e o ficcional, e todas carregando a magia da escrita daquele que anos mais tarde viria a ser considerado um dos pais do Realismo mágico latino-americano. Nesta dissertação, que analisa uma seleção dessas crônicas jornalísticas publicadas no livro Obra periodística Vol.1: Textos costeños (1991), do escritor colombiano Gabriel García Márquez, pretende-se analisar como se dá a representação dos atores sociais presentes na forma de personagens das crônicas que compõem essa seleção que vai de 1948 a 1952. Trata-se de um estudo baseado em pesquisa bibliográfica, que utiliza, além do livro já mencionado, biografias sobre o autor, Bachelard (1989), Bender e Laurito (1993), Candido (1989, 2011), Chiampi (1980), Cunha (1986), Franco (2004), Hall (2006), Moisés (2004), Moscovici (2015, 1978), Nitrini (2000), Sartre (1999), Soares (2002) e Vivaldi (1987) como base teórica. É possível observar que García Márquez representava os seus personagens a partir da observação de gente que fazia parte do seu cotidiano e do dia a dia dos leitores que o liam, compondo seus textos de uma forma que Candido (1989) chama de literatura humanizadora, aquela que tem o papel de fazer com que pessoas comuns se sintam representadas e se identifiquem com o que está sendo lido. García Márquez, nos primórdios de sua carreira, já escrevia sobre o seu povo e para seu povo, trazendo em suas narrativas a presença de eventos históricos da formação identitária da América sobre quem/a qual escreve.