Circulação hidrodinâmica e renovação das águas no complexo estuarino lagunar Mundaú-Manguaba para diferentes configurações de embocaduras

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2020
Autor(a) principal: Pinheiro, Mariana Kummer da Rocha
Orientador(a): Scudelari, Ada Cristina
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal do Rio Grande do Norte
Programa de Pós-Graduação: PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM ENGENHARIA SANITÁRIA E AMBIENTAL
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://repositorio.ufrn.br/handle/123456789/32636
Resumo: O Complexo Estuarino Lagunar Mundaú-Manguaba (CELMM) é um sistema formado por duas lagunas, Mundaú e Manguaba, que são conectadas por canais estreitos e compartilham uma entrada oceânica que muda de posição dinamicamente. Apesar da grande importância socioeconômica para o estado de Alagoas, o complexo possui um acelerado processo de degradação ambiental devido às práticas antrópicas como o lançamento de esgoto sanitário, efluentes industriais e exploração dos recursos naturais. Diante disso, o objetivo deste trabalho é avaliar a circulação hidrodinâmica e a renovação das águas do complexo estuarino lagunar, levando em consideração as alterações morfológicas ocorridas na embocadura. As modelagens de circulação hidrodinâmica e as análises de tempos hidráulicos característicos foram realizadas com o auxílio do Sistema Base de Hidrodinâmica Ambiental (SisBaHiA®) para três cenários com configurações de embocaduras distintas (2006, 2014 e 2017). As simulações foram elaboradas a partir dos dados médios de vazão e de vento, para as estações seca e chuvosa. Os resultados hidrodinâmicos indicaram velocidades e amplitudes de marés mais elevadas nas embocaduras dos canais principais das lagunas Mundaú e Manguaba. A verificação da amplitude da maré revelou que o sistema de canais é um filtro eficiente na redução dos efeitos da maré nas lagunas. O tempo de residência apontou possíveis áreas de estagnação na região norte da laguna Manguaba e nas porções leste e sul da laguna Mundaú. As simulações do tempo de residência, idade da água e taxa de renovação evidenciaram que o CELMM é fortemente influenciado pelo aporte fluvial dos rios Paraíba do Meio e Mundaú. O cenário com a configuração de 2014 apresentou maiores taxas de renovação e, em consequência, menores idades das águas, mostrando que as diferentes configurações de embocaduras interferem de forma significativa na circulação hidrodinâmica e na renovação das águas do complexo estuarino lagunar.