Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2017 |
Autor(a) principal: |
Moraes, Lígia de Souza Leite |
Orientador(a): |
Weissheimer, Janaina |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
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Programa de Pós-Graduação: |
PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM ESTUDOS DA LINGUAGEM
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Brasil
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Palavras-chave em Português: |
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Área do conhecimento CNPq: |
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Link de acesso: |
https://repositorio.ufrn.br/jspui/handle/123456789/24781
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Resumo: |
Este estudo longitudinal visa a investigar a relação entre a memória de trabalho (BADDELEY e HITCH, 1974; DANEMAN e CARPENTER, 1980; ENGLE, 2004; BADDELEY, 2012; entre outros) e o desenvolvimento da leitura e da escrita (CABRAL, 1986; FRITH, 1985; EHRI, 2005; DEHAENE, 2009, 2010, 2015; entre outros) em participantes do projeto ACERTA (Avaliação de Crianças em Risco de Transtorno de Aprendizagem), alunos do Ensino Fundamental I, matriculados em 6 escolas municipais de Natal-RN ao longo de 2014 a 2016. Para tanto, três perguntas de pesquisa nortearam este trabalho (1) Como a memória de trabalho está relacionada ao desenvolvimento da leitura e escrita das crianças participantes do estudo?; (2) De que forma a memória de trabalho (MT) pode predizer o desenvolvimento de leitura e escrita das crianças avaliadas? e, (3) De que forma a Provinha Brasil (PB) pode predizer o desenvolvimento de leitura e escrita das crianças avaliadas? Os 57 participantes foram submetidos à Provinha Brasil no ano de 2014 e realizaram atividades de avaliação de leitura e escrita e avaliações de MT (AWMA – Automated Working Memory Assessment) de 2014 a 2016. Os resultados quantitativos obtidos através das correlações de Spearman para responder à primeira pergunta de pesquisa e corrigidos através do FDR (False Discovery Rate) revelam que: (1) a MT verbal não teve correlação significativa com nenhuma das atividades de leitura e escrita propostas nos anos de 2015 e 2016; e (2) a atividade de MT para não-palavras realizada tanto em 2015 quanto em 2016 obteve correlação significativa com a atividade acurácia nos dois anos em que foi realizada, revelando semelhanças e diferenças entre tarefas designadas a medir o mesmo construto, porém com modos de apresentação de estímulos distintos. Em resposta à segunda pergunta, os resultados quantitativos obtidos por regressão linear revelam que a MT não foi capaz de predizer o desenvolvimento da leitura das crianças em nenhuma das quatro medidas propostas no ano de 2016, aspecto que não se alinha à hipótese de que a MT sozinha é capaz de prever o desenvolvimento da leitura. Ao contrário do previsto, os resultados apontam a memória de curto prazo com uma possível tendência de prever o desenvolvimento dos nossos participantes nas atividades de acurácia e cópia. Por fim, para responder à terceira pergunta de pesquisa, também através de regressão linear, a Provinha Brasil 2014 revelou-se um preditor ineficaz do desenvolvimento de leitura e escrita em 2015 e 2016, já que somente duas das oito atividades propostas foram preditas pela PB 2014. A discussão proposta pretende lançar luz sobre as variáveis que impactam o processo de aprendizagem da leitura, sob um ponto de vista neurocognitivo. |