O manejo florestal comunitário da caatinga em projetos de assentamentos rurais na Paraíba

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2015
Autor(a) principal: Garlet, Alencar
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM CIÊNCIAS FLORESTAIS
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: https://repositorio.ufrn.br/jspui/handle/123456789/23005
Resumo: O trabalho teve por objetivo avaliar os resultados do manejo florestal comunitário da Caatinga no estado da Paraíba. Por meio da aplicação de questionários semiestruturados, foram entrevistados 80 agricultores em nove projetos de assentamentos. Os resultados indicam que há carência de atividades produtivas nos assentamentos, e que os agricultores dependem de recursos de programas sociais, aposentadorias e do trabalho fora do assentamento para comporem a renda familiar. A agricultura ocupa entre 2,1% e 10,4% da área dos assentamentos, enquanto a pecuária extensiva usa mais de 90% da área total, havendo acesso dos rebanhos às áreas manejadas, Reserva Legal e APP. O manejo demonstrou ser uma atividade geradora de trabalho e renda para os assentados. Os valores anuais recebidos pelas famílias variaram de R$ 500,00 a R$ 12.150,00, em função do estoque madeireiro e da organização para exploração. Em cada assentamento os agricultores definiram uma forma própria de organização do trabalho florestal, sendo que, nos PA Brandões a atividade foi totalmente individualizada, no PA Serra da Cruz a atividade foi coletiva, e nos demais locais a exploração foi individual e a venda coletiva. O trabalho florestal remunerou o agricultor melhor do que o trabalho fora do assentamento, pois a renda obtida na exploração da lenha foi de R$ 68,00 por dia, enquanto o valor da diária em fazendas da região variou de R$ 35,00 a 40,00. As principais dificuldades enfrentadas foram a falta de compradores e o baixo preço da lenha. A implantação do manejo garantiu a manutenção da cobertura florestal em 61% da área dos assentamentos. A ampliação da fiscalização ambiental, a redução da burocracia e a continuidade da assistência técnica podem estimular a prática do manejo florestal comunitário.